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Moedas critica "ativismo radical" e pede a Governo "liderança moderada"
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa defendeu a "moderação e bom senso" na liderança política, num discurso em que anunciou que Lisboa irá, além do 25 de abril, celebrar o 25 de novembro no próximo ano.
"A política tem de voltar a ser vista, vivida e sentida pelas pessoas. Há um vazio capturado pelos ativismos radicais, há falta de um ativismo social moderado. Quem fomenta esses radicalismos arrisca-se a colher mais cedo ou mais tarde a queda desse regime", atirou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
Recorrendo ao peso da data hoje celebrada, que comemora a Implantação da República, o autarca lisboeta afirmou que cabe aos atores políticos não deixar que estas datas sejam apenas "símbolos decorativos" ou "celebradas pelos políticos mas de certa forma ignorada pelas pessoas" e desafiou a que o país olhe para os cidadãos.
"O 5 de outubro exige que olhemos para as pessoas, para os idosos que se sentem esquecidos e desprotegidos", afirmou, realçando uma ideia que tem já vindo a repetir: "O senhor primeiro-ministro sabe que pode contar connosco para construir um Estado social local que complemente o Estado social nacional".
Desafiou também a que se olhe para os que trabalham, que vivem hoje "sobrecarregados com impostos". "Quero dizer-lhes que é possível baixar impostos e não trabalhar apenas para alimentar a máquina do Estado", atirou, acrescentando que Lisboa continuará a fazê-lo.
E também os jovens foram figura central no discurso do autarca de Lisboa. "Os nossos jovens querem esperança (...) São a geração que hoje não consegue sair de casa dos pais, que se sente mais valorizada fora do país do que no seu próprio", continuou, dizendo a estes que "não têm de procurar lá fora". "Também eu saí do país e senti isso. Quero, por isso, atrair talento para Lisboa", afirmou, lembrando a "criação da famosa fábrica de unicórnios" que já permitiu, segundo o próprio, atrair mais de 150 empresas tecnológicas.