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Ministro da Economia diz que não foi assessor de Manuel Pinho

O ministro da Economia afirmou hoje estar "muito confortável" com o pedido de auditoria ao ministério que tutela, feito pelo CDS-PP, salientando que é um "equívoco" mencionar o seu nome como tendo sido assessor de Manuel Pinho.

10 de Maio de 2018 às 20:14
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A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, sugeriu na quarta-feira ao primeiro-ministro, durante o debate quinzenal no parlamento, uma auditoria no Ministério da Economia, referindo que há um actual ministro que foi assessor no gabinete do antigo ministro Manuel Pinho.

 

Manuel Caldeira Cabral (na foto) explicou hoje, em Vila Nova de Famalicão, à margem de um fórum económico, que foi sim assessor do Governo em que Manuel Pinho foi titular da pasta da Economia, mas apenas depois de Pinho ter deixado o cargo e ter sido substituído por Teixeira dos Santos, que assumiu nos restantes quatro meses daquela legislatura as pastas da Economia e das Finanças.

 

"Fui assessor do Ministério da Economia nesse Governo, mas só depois de ter entrado o professor Teixeira dos Santos, que foi quem me convidou naquele pequeno período de tempo em que ele esteve no Ministério da Economia", disse Caldeira Cabral.

 

"Depois fui assessor de Teixeira dos Santos no Ministério das Finanças, foi um trabalho técnico que fiz, quer no Ministério da Economia nesses quatro meses, quer depois no Ministério das Finanças do qual me orgulho, e penso que as questões que estão a ser levantadas são de justiça e que, obviamente, não envolvem em nada as pessoas que trabalharam com qualquer ministro", referiu ainda o actual titular da pasta da Economia.

 

"De facto não fui, mas se fosse não vejo qual a questão relevante que está aí a ser levantada", concluiu.

 

O caso que envolve o ex-ministro da Economia foi noticiado, a 19 de Abril, pelo Observador, segundo o qual há suspeitas de Manuel Pinho ter recebido, entre 2006 e 2012, cerca de um milhão de euros.

 

A 5 de Maio, o semanário Expresso adiantava que o antigo governante terá recebido, entre 2002 e 2014, 3,5 milhões, entre transferências regulares e pagamentos pontuais.

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