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Miguel Albuquerque: Portugal "vai pelo mau caminho" se não entender papel estratégico da Madeira

O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, afirmou esta sexta-feira que Portugal "vai pelo mau caminho" caso não seja capaz de entender o papel estratégico desta região autónoma no contexto do Atlântico.

Gregório Cunha/Correio da Manhã
20 de Maio de 2016 às 19:19
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Falando na sessão de abertura do Dia do Empresário da Madeira, promovido pela Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF), o governante madeirense (na foto) destacou que esta região "está numa posição central para a afirmação atlântica de Portugal".

 

Na opinião de Miguel Albuquerque, a Madeira "pode constituir-se como um arco para a captação do investimento, para o posicionamento e difusão das empresas em todas as áreas, de conexão entre os continentes norte e sul-americano, o Magrebe e África", rematando: "Isto é importantíssimo perceber e se Portugal não perceber vai pelo mau caminho".

 

O chefe do executivo insular defendeu também ser necessário "mudar o discurso nacional", argumentando que "tudo tem gerado à volta dos pequenos interesses e das pequenas corporações que estão à volta do Estado".

 

Albuquerque opinou ainda que "o porto de Sines pode ser determinante [para as relações comerciais] com os Estados Unidos", vincando que a Madeira reúne as "condições para funcionar com um ângulo de internacionalização da economia portuguesa e da economia europeia no espaço Atlântico".

 

O governante insular considerou que existe uma interiorização do que classificou de "falso discurso europeu", de "autoflagelação", mencionando que "toda a gente fala que a Europa coitadinha, que está com uma grande crise", afectada pela conjuntura mundial. "Isso não é assim. O que está em crise é a Europa, o resto do mundo não está em crise (...). Uma coisa é a ficção e outra coisa são os números", sublinhou.

 

O líder madeirense realçou que "a Europa corre o risco de deixar de ser importante para o mundo, de desintegrar-se", mencionando que enfrenta, entre outros problemas, o do decréscimo demográfico. "Quando a Europa fala da crise, fala da crise da Europa, não do mundo", sublinhou.

 

Na opinião de Miguel Albuquerque, "o Governo não percebe nada e não quer perceber nada de economia e de emprego e quanto menos se meter nisso melhor é". Para o chefe do executivo madeirense, "o Estado e os poderes públicos têm de saber é quais são as condições que oferecem para as empresas trabalharem melhor e com custos de contexto mais baratos e competitivos".

 

Albuquerque destacou que "os governos sempre têm de saber é para onde querem ir e qual o caminho", concluindo que "na Madeira, o caminho é muito claro", apostando cada vez mais em ser uma "região cosmopolita e atlântica".

 

Por seu turno, a presidente da ACIF, Cristina Pedra, defendeu a necessidade de "reformas estruturais" para tornar a acção empresarial mais eficaz, considerando a retoma do Simplex uma medida "positiva" e salientando ser preciso "reformar o próprio Estado".

 

 

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