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May poderá demitir ministros devido a rebelião

A primeira-ministra britânica, Theresa May, poderá ver-se obrigada a demitir alguns membros do seu governo que estão a ponderar votar contra a sua estratégia para o Brexit.

Reuters
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Theresa May enfrenta uma nova ameaça à sua autoridade, uma vez que alguns dos seus próprios ministros estão a ponderar votar contra a sua estratégia para a saída do Reino Unido da União Europeia- desafiando-a assim a demiti-los, avançou à Bloomberg uma fonte conhecedora deste processo.

 

Numa altura em que 15 membros do governo de May se mostram abertamente contra um Brexit sem acordo, isso poderá obrigar a primeira-ministra a ter de escolher entre aceitar a sua rebelião ou demiti-los a todos.

 

Esta quarta-feira, May afirmou ter tido conversações "construtivas" em Bruxelas sobre como se poderá alterar o acordo de divórcio delineado inicialmente entre Londres e a Comissão Europeia – isto de modo a que os membros do parlamento britânico o aceitem e votem favoravelmente.

 

Recorde-se que tem estado a ser trabalhado um acordo, nos bastidores, mas a União Europeia tem-se mostrado relutante em oferecer concessões que possam ser depois novamente "chumbadas" pelos parlamentares britânicos. A UE quer ter a certeza que aquilo que oferecer será suficiente para levar um acordo a bom porto.

A primeira-ministra do Reino Unido declarou, citada pela Bloomberg, que se continua a trabalhar numa solução. Uma fonte próxima da ministra adiantou que May quer apresentar ao parlamento britânico alguns progressos - e já na próxima semana.

May disse que ficou hoje acordado, no seu encontro com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que se continuará a trabalhar "a bom ritmo" na procura de uma solução para a questão do backstop para a fronteira entre as duas Irlandas - a parte mais controversa do acordo do Brexit.

O backstop é um mecanismo exigido por Bruxelas de forma a prevenir que sejam restabelecidos controlos rígidos na fronteira irlandesa depois de concretizado o Brexit e que, se acionado, mantém o conjunto do Reino Unido numa união aduaneira com a UE.

 

Esta solução mereceu, em grande medida, a oposição dos conservadores "hard brexiters" e dos unionistas, que rejeitam o alinhamento às regulações comunitárias mesmo depois do Brexit. Foi sobretudo o backstop que provocou a histórica derrota ao acordo de saída no parlamento britânico e que levou à aprovação da emenda destinada a encontrar soluções alternativas.

(notícia atualizada às 21:39)

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