Maria Luís Albuquerque concedeu esta noite uma entrevista à SIC, onde fez questão de sublinhar duas ideias: por um lado, a importância de Portugal ter, o mais rápido possível, um governo empossado e um Orçamento do Estado discutido e aprovado. Por outro lado, a ministra das Finanças fez questão de destacar, por diversas vezes, que foi a coligação Portugal à Frente que venceu as eleições legislativas de 4 de Outubro.

"A nossa interpretação dos resultados eleitorais é clara. Os portugueses querem que coligação [Portugal à Frente] continue a governar com entendimentos com o Partido Socialista. Foi esse o objectivo dos portugueses quando votaram. É nesse contexto que estamos dispostos a trabalhar", garantiu Maria Luís Albuquerque.

Quase duas semanas após o início das negociações entre o PSD, CDS e PS, Maria Luís Albuquerque afirmou que, até à data, a coligação "não sabe o que o PS pretende para viabilizar um governo da coligação". A deputada do PSD, eleita por Setúbal, manteve as "vias de negociação" com o PS "abertas" mas acrescentou que a coligação precisa que o "PS diga o que quer para partirmos para uma discussão concreta".

Maria Luís Albuquerque falou ainda sobre os "factos de grande gravidade económica", a que António Costa se referiu na entrevista concedida à TVI na passada sexta-feira, para dizer que não faz ideia a que se refere o secretário-geral socialista. "As insinuações na entrevista à TVI referem-se a alguma coisa que eu não sei o que é", afirmou Maria Luís Albuquerque, acrescentando que Mário Centeno não lhe colocou nenhuma questão na reunião que tiveram a 12 de Outubro. Neste encontro, Maria Luís Albuquerque forneceu a Mário Centeno a informação solicitada pelo PS.  

(Notícia actualizada às 21h05)