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Marcelo: Temos “uma maioria requentada, cansada, que demorou a formar-se”

O Presidente da República faz um balanço pouco otimista do primeiro ano de governação de António Costa. Aponta os problemas externos, como a guerra, a inflação, e alerta: “estamos a gerir o dia a dia e a olhar para o curto prazo e não para o longo prazo”.

Rui Ochoa/Presidência da República
09 de Março de 2023 às 21:15
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As maiorias "que não nascem de novo, são maiorias cansadas" e aquela que António Costa conseguiu quando foi a eleições é "uma maioria requentada, cansada, que demorou a formar-se", com um Governo cuja orgânica "foi pensada sem a guerra" que se abateria depois sobre a Ucrânia, com as consequências a estenderem-se a todo o mundo", afirmou esta quinta-feira o Presidente da República, num balanço pouco otimista do primeiro ano de Governação de António Costa. 


Marcelo Rebelo de Sousa, numa entrevista conjunta ao Público e à RTP, afirmou que o Governo demorou a entrar em atividade e que "até setembro há um tempo perdido que depois se prolongou com as vicissitudes" que o Governo atravessou. Leia-se os "casos e casinhos", que enumerou, sublinhando o caso TAP, que levou "porventura o ministro mais importante a seguir ao primeiro-ministro, e depois da saída do ministro Centeno, a ter de tomar a iniciativa de sair pelo seu pé". 

Uma das consequências, lamentou o Presidente, foram os atrasos no PRR. 

 

E os resultados do país em 2022, não deve ser motivo para entusiasmo em excesso. Os número "foram melhor do que se esperava", ao nível do crescimento, das exportações, do turismo, mas "é um crescimento que já não é repetivel em 2023", avisou.

 

E "é evidente que num tempo de guerra e de inflação - que em Portugal está a crescer muito pouco - isso significa o sacrifício dos mais carenciados", alertou. E se é certo que há toda uma realidade externa, num cenário que depende muito de como correr a guerra e a inflação", e em que "dependemos muito da Europa", há uma parte nossa, de gestão nossa, que é fundamental, alertou Marcelo. 

 

Estamos  "a gerir o dia a dia e a olhar para o curto prazo e não para o longo prazo", sublinhou.


 


(notícia atualizada com mais informação)

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