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Marcelo saúda descida do desemprego e secretário de estado destaca "dinamismo da criação de emprego"
O secretário de Estado destaca que "os fluxos de entradas no emprego são a explicação fundamental para a evolução destes dados, ao contrário de outros momentos em que houve outras variáveis a manifestarem-se como as questões migratórias".
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, saudou hoje a descida da taxa de desemprego para 9,2% em maio e considerou que se trata da "continuação de uma evolução já prevista".
O chefe de Estado falava a propósito dos dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que reviu em baixa a taxa de desemprego de maio para 9,2%, o valor mais baixo desde 2008, e estimou, para Junho, uma nova descida para 9,0%.
"É a continuação de uma evolução já prevista", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em resposta aos jornalistas, no final da cerimónia de encerramento do ano lectivo no Instituto Universitário Militar.
"E é um factor positivo que se deve reconhecer, não há dúvida", acrescentou, não se alongando mais sobre o tema.
Dinamismo da criação de emprego está a sustentar recuperação do mercado laboral
O secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, sinalizou hoje que os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) mostram que é "o dinamismo da criação do emprego" que está a sustentar a recuperação do mercado laboral.
Em declarações à agência Lusa, Miguel Cabrita referiu que, na prática, há "uma recuperação de dois pontos percentuais" quando comparado com Maio de 2016.
"Há uma descida de 11,2% para 9,2% que é um dado muitíssimo relevante e significativo e que de alguma forma confirma, reforça aquela que tem vindo a ser a tendência de recuperação sustentada quer da economia e quer do mercado de trabalho em Portugal", disse.
O secretário de Estado destaca assim que "os fluxos de entradas no emprego são a explicação fundamental para a evolução destes dados, ao contrário de outros momentos em que houve outras variáveis a manifestarem-se como as questões migratórias, ou a passagem à inactividade, no fundo pessoas desencorajadas, etc".
Neste momento, refere, "o que os dados mostram é que é de facto o dinamismo da criação do emprego que está a sustentar esta recuperação".
"Esta recuperação do mercado do emprego a que estamos a assistir está fortemente ancorada no dinamismo económico e na criação de emprego porque há muitos mais empregos a serem criados do que apenas pessoas a deixarem de ser desempregadas por outras razões", resumiu à Lusa.
Para Junho, o responsável pela pasta do Emprego refere que o Governo vai aguardar "com tranquilidade" a confirmação da expectativa de 9,0%, mas indica que esta "mostra que há uma expectativa positiva por parte do INE em relação ao mercado do emprego".
"Mas nós temos sempre que olhar mais para os dados definitivos, uma vez que estes dados mensais são sujeitos a revisão, portanto o Governo aguarda com tranquilidade, mas com confiança a evolução dos próximos dados definitivos", disse.
Miguel Cabrita sinalizou ainda que o desemprego jovem baixou "pela primeira vez em muitos anos" dos 24%, para os 23,9%.
"Mas estes dados revelam que temos naturalmente muito trabalho para fazer, temos 9,2% de desemprego e 23,9% do desemprego jovem, estamos a aproximarmo-nos das metas da União Europeia, estamos a aproximarmo-nos daquelas que eram as expectativas para este ano mas o Governo continua a identificar e a eleger como prioridade a questão da criação de emprego e do dinamismo económico", disse.
A estimativa provisória da população desempregada de Maio do INE foi de 473,7 mil pessoas, tendo diminuído 3,3% em relação ao mês precedente (menos 16,2 mil pessoas), enquanto a população empregada foi estimada em 4,670 milhões de pessoas, tendo aumentado 0,1% (mais 5,9 mil pessoas) face ao mês anterior.