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Lula da Silva sai a pé do sindicato e entrega-se. Está preso

O antigo presidente do Brasil foi preso depois de uma primeira tentativa de saída do sindicato ter sido impedida por apoiantes.

08 de Abril de 2018 às 00:27
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O ex-Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva saiu, este sábado, a pé, rodeado de seguranças, do Sindicato dos Metalúrgicos onde se encontrava desde quinta-feira, em São Bernardo do Campo, no Estado de São Paulo, para se entregar à Polícia Federal.

Poucos minutos passados das 18:30 (22:30 em Lisboa), terminado o prazo de meia hora que lhe foi dado pela Polícia Federal (PF) para abandonar o edifício onde se encontrava desde que, na quinta-feira, foi decretada a sua prisão, e após uma primeira tentativa de saída impedida pelos apoiantes que cercavam o local, Lula da Silva "saiu andando" e entrou num veículo da PF que o aguardava nas imediações, encontrando-se já a caminho do aeroporto de Congonhas para se entregar em Curitiba, noticiou o diário Folha de S. Paulo.


Os militantes do Partido dos Trabalhadores (PT), apoiantes de Lula, pré-candidato presidencial que surge como favorito nas sondagens, queriam a todo o custo impedir que ele fosse preso, e estavam a resistir aos apelos feitos aos microfones por dirigentes sindicais e pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para deixarem o antigo chefe de Estado abandonar o local, e envolveram-se em confrontos com a polícia assim que avistaram Lula da Silva.


A PF tinha avisado o ex-presidente de que, se ele não saísse, os seus agentes entrariam no sindicato para o deter, o que deitaria por terra as condições da entrega previamente negociadas com os seus advogados e, poderia, inclusive, inviabilizar outros pedidos para aguardar em liberdade até se esgotarem todas as possibilidades de recurso na Justiça brasileira da sua condenação a uma pena de prisão de 12 anos e um mês por corrupção passiva e branqueamento de capitais.


Lula da Silva foi condenado no âmbito de um processo da Operação Lava Jato em que era acusado de receber um apartamento de luxo à beira-mar da construtora OAS em troca de favorecimento de contratos dessa empresa com a petrolífera estatal brasileira Petrobras.


O juiz federal Sérgio Moro decretou na quinta-feira a prisão do antigo chefe de Estado brasileiro (2003-2011) depois de o Supremo Tribunal Federal e o Supremo Tribunal de Justiça terem rejeitado os pedidos de ‘habeas corpus’ apresentados pela sua defesa.

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