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Lula só se entrega depois de missa em honra da mulher. Marisa faleceu há um ano

"Que venham me pegar", terá dito o ex-presidente brasileiro a aliados. A Polícia Federal já tem o mandado de prisão, mas o presidente impôs uma condição.

Negócios 06 de Abril de 2018 às 23:25
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Já há mais de duas horas que bateram as 17:00 no Brasil (a diferença horária é de menos quatro horas em relação a Portugal Continental) e Lula não se entregou dentro do prazo estabelecido pelo juiz federal Sérgio Moro. "Que venham me pegar", disse a aliados, segundo o Estadão.

Mas a noite de negociações entre a defesa do petista e a Polícia Federal Brasileira trouxe novas condições, refere a Sábado. Segundo o Estadão, Lula só vai entregar-se depois de uma missa que acontecerá amanhã, em honra da sua mulher, Marisa Letícia, que faria 68 anos este sábado - e que faleceu a 3 de Fevereiro de 2017.


No exterior do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde o ex-presidente tem permanecido, os apoiantes de Lula fizeram uma contagem decrescente para o prazo e depois gritaram: "Não tem arrego" [aqui não há desistentes]. 



Por outro lado, os manifestantes que querem ver Lula da Silva atrás das grades gritam "Lula foragido!", embora não seja verdade, já que o ex-presidente não era obrigado a entregar-se às 17:00.

Segundo a assessoria de imprensa da 13.ª Vara Federal do Paraná, o ex-presidente Lula não pode ser considerado foragido após as 17:00 e também não terá incumprido qualquer ordem judicial ao não se apresentar depois deste horário. A decisão de Lula não representa um desrespeito à decisão judicial, uma vez que a sua apresentação até às 17:00 era uma proposta que o ex-presidente poderia ou não aceitar, referiu a mesma fonte, citada pela Sábado.

Nos termos do despacho emitido por Sérgio Moro esta quinta-feira, 5 de Abril, Luiz Inácio Lula da Silva teria de se apresentar na polícia federal de Curitiba até às 17:00 locais.

Moro determinou a prisão de Lula pouco depois de o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), de Porto Alegre, autorizar o juiz a emitir essa ordem.

 

Na decisão, Sérgio Moro deu assim oportunidade ao ex-presidente brasileiro de se apresentar voluntariamente "até às 17h da próxima sexta-feira, dia 6, em atenção à dignidade [do] cargo que ocupou", para cumprir o mandado de prisão. Além disso, foi proibida a utilização de algemas.


O jornal Estado de S. Paulo informa que foram enviados dois pelotões da polícia de intervenção, da Polícia Militar, para São Bernardo do Campo. De acordo com o mesmo jornal, estão em movimento 60 homens e um canhão de água. 

O avião da Polícia Federal que levará Lula para Curitiba — onde este será preso — já está no Aeroporto Internacional de São Paulo.

"Não afrontamos a justiça, nem desobedecemos à ordem judicial. O juiz movido pelo ódio deu a Lula a opção de ir a Curitiba. E Lula resolveu que não quer", disse o presidente do Partido Trabalhista, Gleisi Hoffman.

Segundo os advogados do ex-presidente, a estratégia de Lula é ficar na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, onde começou a sua carreira política, e esperar que a polícia venha prendê-lo. "Não haverá resistência, mas ele não irá para o matadouro de cabeça baixa, por livre e espontânea vontade", disse à Folha José Roberto Batochio, um dos membros da equipa de defesa do petista. 



Como é a cela preparada para receber Lula da Silva

O juiz federal Sérgio Moro decretou uma ordem de prisão efectiva para o ex-presidente brasileiro. Lula tem até às 17h00 desta sexta-feira para se entregar.




A Polícia Federal foi avisada, por representantes de Lula, de que o ex-presidente està à disposição e não resistirá à prisão. Contudo, Lula não pretende sair das instalações do sindicato para ir à sede da corporação. Os agentes terão que ir buscá-lo.

Após o horário determinado pela Justiça, que Lula não cumpriu, cabe à Polícia Federal definir como vai proceder à detenção. A Polícia Federal já tem o mandado de prisão emitido por Moro ontem à noite.

Lula chegou ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC antes das 15:00 locais. A saúde do antigo presidente preocupou os presentes e o médico Gustavo Johnen pediu que um enfermeiro com o desfibrilhador não se afastasse de Lula. "Ele está muito emocionado, é diabético e a pressão está alta", explicou. 

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