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Livre mantém prudência após reunião com Marcelo: "Não fazemos pedidos ou pressões"

O partido de Rui Tavares mantém-se prudente, mas pede que, no caso de serem marcadas novas eleições, estas sejam o mais cedo possível. O partido diz que debate do Orçamento do Estado está "esvaziado", neste momento.

Sérgio Lemos
08 de Novembro de 2023 às 12:39
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Tal como na terça-feira, Rui Tavares mantém a prudência nas suas preferências relativamente ao caminho que deve ser seguido por Marcelo Rebelo de Sousa depois da demissão de António Costa. O Livre diz que está pronto para um novo momento eleitoral e defende que, neste momento, as discussões orçamentais estão "completamente esvaziadas". O partido foi o primeiro a ser ouvido pelo Presidente da República.

"[Marcelo] hoje está a ouvir os partidos, amanhã ouvirá o Conselho de Estado e o Livre respeita esse tempo e respeitará a decisão do Presidente da República. É a ele que ela compete e não fazemos pedidos, exigências, ou pressões a alguém que é também ele próprio no órgão de soberania eleito por sufrágio universal e direto por todos os portugueses", sublinhou o deputado único do Livre.

Ainda assim, Rui Tavares reiterou que o partido está preparado para ir a eleições, se esse for o caso, estas devem ser marcadas "o mais rápido possível". O partido tem ambições de crescer e essa expectativa, diz, está sustentada pelos "dados".

"Os dados indicam-nos que de partido que tem uma representação de um deputado único, o Livre pode legitimamente ambicionar ter um grupo parlamentar de partido pequeno, o Livre pode ambicionar passar a ser um partido médio", afirmou.

Caso o caminho escolhido por Marcelo seja outro, o partido exige que o Presidente explicite "com que critérios e de que forma é que pode haver um cenário que não seja de eleições".

Negociações orçamentais estão "completamente esvaziadas"

Sobre a continuidade da discussão do Orçamento do Estado na Assembleia da República, Rui Tavares defende que o momento político atual esvazia o debate, uma vez que nenhum membro do Governo pode dar qualquer garantia. "Eu creio que as negociações orçamentais que estamos a ter agora na especialidade, neste momento, ao dia de hoje, elas estão completamente esvaziadas", defende.

"O Livre, estando nessas negociações na especialidade de boa-fé, com propostas orçamentais de alteração orçamental que quer aprovar, não há nenhum ministro ou ministra que nos diga esse programa ou essa proposta de alteração orçamental, esse gasto suplementar no abono de família ou a criação de uma agência portuguesa de inteligência artificial [...] se sinta mandatado para dizer que sim", acrescentou.
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