Notícia
Marques Mendes: Marcelo "não tem alternativa que não seja devolver a palavra ao povo"
O comentador político recordou as palavras de Marcelo, aquando da posse do Governo, para justificar que "não há alternativa a dissolver a Assembleia da República e convocar eleições". Montenegro e Pedro Nuno Santos devem confrontar-se.
Luís Marques Mendes acredita que o Presidente da República "não tem alternativa que não seja devolver a palavra ao povo" e convocar eleições antecipadas. O calendário, estima, deverá atirar a escolha do próximo Governo para fevereiro ou março, sendo expectável que Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro sejam os dois candidatos a primeiro-ministro.
Na SIC, o comentador político recordou o momento em que Marcelo Rebelo de Sousa "deu posse a António Costa". "Foi muito claro e o país todo assistiu, dizendo 'o senhor saindo, vamos devolver a palavra ao povo'"."Em coerência, o Presidente não tem alternativa que não seja devolver a palavra ao povo", enfatizou Marques Mendes.
Para o também ex-líder do PSD, "os sinais são todos nesse sentido", tanto mais que o Chefe de Estado já "convocou os partidos e o Conselho de Estado". "São os dois requisitos que a Constituição obriga quando se quer avançar com uma dissolução", referiu.
Nesse sentido, Marques Mendes defende que "não há alternativa a dissolver a Assembleia e convocar eleições", mesmo havendo, teoricamente, dois cenários possíveis: eleições antecipadas ou a nomeação de outro primeiro-ministro indicado pelo PS.
O comentador televisivo adiantou ainda que "o PS precisa de tempo para escolher um líder", já que "António Costa sai e não se recandidata". "O que significa que, se o Presidente dissolver o Parlamento, vai ter que seguir a jurisprudência que Sampaio criou em 2021 e dar tempo ao PS para fazer eleições e escolher um novo líder".
Quanto aos protagonistas do próximo ciclo político, Marques Mendes acredita que "à direita ninguém tem dúvidas de que Luís Montenegro será o candidato a primeiro-ministro". À esquerda, o ex-líder social-democrata acredita que é inevitável que a escolha recaia sobre Pedro Nuno Santos, mesmo que o "timing" político não fosse o esperado pelo ex-ministro.
"Provavelmente não é o momento que [Pedro Nuno Santos] estava à espera, mas o próximo líder do PS será Pedro Nuno Santos e, se houver eleições antecipadas, vamos ter dois candidatos a primeiro-ministro: Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro."
Orçamento aprovado "é preferível" em vez de duodécimos
Marques Mendes diz que é preferível para o país a aprovação do Orçamento do Estado proposto pelo Executivo liderado por António Costa, cuja votação final está marcada para o final de novembro, em vez de uma gestão em duodécimos.
"Acho que é melhor e, sendo possível - e já há precedentes - não vejo que não se faça da mesma maneira", justificou, lembrando a decisão de Jorge Sampaio quando decidiu dissolver o Parlamento e depois demitir o Governo de Santana Lopes. "Publicou o decreto mais tarde para permitir que o OE fosse aprovado", disse.
O comentador considera que Costa "pode estar a pagar a imprudência das escolhas que fez [para o Governo] e de ligações que tem", mas recusa vaticinar que os acontecimentos hoje conhecidos ditem a sua "morte política".
Dá como exemplo que, caso não seja acusado e o processo seja arquivado, nada impede que Costa se candidate às eleições presidenciais em 2026. Mas há um ponto que dá praticamente como certo: "acho que a hipótese de um cargo europeu é muito improvável a partir de agora".
Na SIC, o comentador político recordou o momento em que Marcelo Rebelo de Sousa "deu posse a António Costa". "Foi muito claro e o país todo assistiu, dizendo 'o senhor saindo, vamos devolver a palavra ao povo'"."Em coerência, o Presidente não tem alternativa que não seja devolver a palavra ao povo", enfatizou Marques Mendes.
Nesse sentido, Marques Mendes defende que "não há alternativa a dissolver a Assembleia e convocar eleições", mesmo havendo, teoricamente, dois cenários possíveis: eleições antecipadas ou a nomeação de outro primeiro-ministro indicado pelo PS.
O comentador televisivo adiantou ainda que "o PS precisa de tempo para escolher um líder", já que "António Costa sai e não se recandidata". "O que significa que, se o Presidente dissolver o Parlamento, vai ter que seguir a jurisprudência que Sampaio criou em 2021 e dar tempo ao PS para fazer eleições e escolher um novo líder".
Quanto aos protagonistas do próximo ciclo político, Marques Mendes acredita que "à direita ninguém tem dúvidas de que Luís Montenegro será o candidato a primeiro-ministro". À esquerda, o ex-líder social-democrata acredita que é inevitável que a escolha recaia sobre Pedro Nuno Santos, mesmo que o "timing" político não fosse o esperado pelo ex-ministro.
"Provavelmente não é o momento que [Pedro Nuno Santos] estava à espera, mas o próximo líder do PS será Pedro Nuno Santos e, se houver eleições antecipadas, vamos ter dois candidatos a primeiro-ministro: Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro."
Orçamento aprovado "é preferível" em vez de duodécimos
Marques Mendes diz que é preferível para o país a aprovação do Orçamento do Estado proposto pelo Executivo liderado por António Costa, cuja votação final está marcada para o final de novembro, em vez de uma gestão em duodécimos.
"Acho que é melhor e, sendo possível - e já há precedentes - não vejo que não se faça da mesma maneira", justificou, lembrando a decisão de Jorge Sampaio quando decidiu dissolver o Parlamento e depois demitir o Governo de Santana Lopes. "Publicou o decreto mais tarde para permitir que o OE fosse aprovado", disse.
Quanto a uma possível data para eleições antecipadas, caso o Presidente da República dissolva a Assembleia da República, Marques Mendes atirou para "o princípio do próximo ano, no final de fevereiro ou início de março", de modo a dar tempo ao Partido Socialista para escolher o próximo líder.
O comentador considera que Costa "pode estar a pagar a imprudência das escolhas que fez [para o Governo] e de ligações que tem", mas recusa vaticinar que os acontecimentos hoje conhecidos ditem a sua "morte política".
Dá como exemplo que, caso não seja acusado e o processo seja arquivado, nada impede que Costa se candidate às eleições presidenciais em 2026. Mas há um ponto que dá praticamente como certo: "acho que a hipótese de um cargo europeu é muito improvável a partir de agora".