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Jerónimo não se compromete com aprovação do próximo Orçamento

"Não nos podemos comprometer com o que não conhecemos", diz o secretário-geral do PCP, lembrando que há medidas para 2016 que ainda é preciso acordar com o PS. Jerónimo descarta integrar uma coligação mas garante estar de "boa-fé" para garantir um governo duradouro.

Jerónimo de Sousa acusou o Governo PSD/CDS de ser responsável por 'estragar a vida e os direitos a milhões de portugueses'.
Bruno Simão/Negócios
Negócios 19 de Novembro de 2015 às 12:02
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"Não nos podemos comprometer com o que não conhecemos", afirmou o secretário-geral do PCP em entrevista à Antena 1, depois de ter sido instado a explicar como é que diz estar disposto a apoiar uma solução de governo duradoura quando não garante sequer a aprovação do primeiro Orçamento do Estado de um eventual governo liderado pelo Partido Socialista.

"Não posso dizer que voto contra ou a favor quando não sabemos o que é que vai estar no Orçamento – nem o próprio PS" o saberá, explicou. Nunca chamando de "acordo" ao texto assinado com o PS, mas sim "proposta" ou de "posição comum", Jerónimo de Sousa lembrou que nesse documento há muitas medidas convergentes mas também um conjunto de iniciativas para 2016 cujos moldes de concretização não foram alvo de entendimento com o PS e que terão de ser discutidas em sede parlamentar.

Ainda assim, garantiu estar de "boa-fé" para proporcionar um executivo socialista duradouro, sublinhando que o facto de o PCP se ter comprometido a favorecer uma solução de governo que possa ter como perspectiva toda a legislatura "tem um grande significado" e que "não faz sentido" pensar-se que o PCP "está a fazer este esforço para deitar abaixo" um eventual governo de António Costa. "Nesta fase não estamos a exigir o céu e a terra". O mais importante, disse, é dar seguimento à "mensagem forte" que considera ter saído do resultado das eleições ganhas sem maioria absoluta pela coligação PSD/CDS: "os portugueses querem ver pelas costas este governo".

Jerónimo de Sousa colocou ainda de parte a possibilidade de integrar um governo com o PS, argumentando que os votos recebidos pelo PCP não legitimam essa opção.

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