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Galamba garante que tem "imensas condições" para ficar no Governo

À chegada ao congresso da APDC, o ministro das infraestruturas garantiu condições para se manter no cargo e recusou dizer mais do que já foi dito por António Costa. "Irei à comissão de inquérito onde darei as explicações que faltam dar".

Pedro Catarino
10 de Maio de 2023 às 19:37
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Na primeira declaração pública desde a polémica exoneração do seu adjunto, Frederico Pinheiro (enttanto confirmada e que envolveu os Serviços de Informações de Segurança para alegadamente para "proteger propriedade do Estado"), na sequência da qual apresentou demissão do cargo de ministro das Infraestruturas que não foi aceite pelo primeiro-ministro António Costa, João Galamba afirmou esta quarta-feira que tem todas as condições para continuar no Governo. 

O ministro falou pela primeira vez depois de crise política causada pelo "episódio deplorável" (como classificou Costa) e de instalado um clima de forte tensão entre o chefe do Governo e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que pediu o seu afastamento imediato do cargo. 

Cercado pelos jornalistas à chegada ao congresso da APDC - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações, em Lisboa, onde discursou na tarde desta quarta-feira, Galamba atirou: "Então não vê que estou com imensas condições para continuar? Sobre esta matéria vou dizer apenas isto: não tenho mais nada a acrescentar face ao que foi dito pelo primeiro-ministro e não direi mais nada". 

E sobre o assunto apenas acrescentou perante as câmaras de televisão: "Irei à comissão de inquérito onde darei as explicações que faltam dar".

As poucas palavras do ainda ministro das infraestruturas surgiram depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter falado ao país para assumir "uma divergência de fundo com o primeiro-ministro" por causa da manutenção de Galamba no Executivo. O Presidente garantiu que  depois deste caso vai "estar mais atento e interventivo no dia-a-dia" para evitar "o aparecimento e o avolumar de fatores imparáveis e indesejáveis".

Sobre o ex-secretário de Estado da Energia e sucessor de Pedro Nuno Santos na pasta das Infraestruturas, Marcelo sublinhou que o sucedido "não se resolve apenas pedindo desculpa. Responsabilidade é mais do que pedir desculpa, virar a página e esquecer. É pagar por aquilo que se faz ou deixou de fazer. Não se afasta por razões de consciência pessoal de quem aprecia essa responsabilidade, por muitos respeitáveis que sejam".
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