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Decretado estado de emergência por três meses na Turquia
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, anunciou esta quarta-feira a instauração do estado de emergência na Turquia por três meses, para apanhar todas as pessoas envolvidas na tentativa falhada de golpe de Estado na sexta-feira.
"O nosso conselho de ministros decidiu instaurar o estado de emergência por um período de três meses", anunciou, em conferência de imprensa, o chefe de Estado.
O estado de emergência é necessário para "erradicar rapidamente todos os elementos da organização terrorista envolvidos na tentativa de golpe de Estado", afirmou. A Turquia acusa o grupo do clérigo Fethullah Gülen - que está exilado nos EUA - de estar envolvido no golpe.
O país foi alvo de uma tentativa de golpe de Estado na sexta-feira à noite, mas o Presidente, Recep Erdogan, e o Governo recuperaram o controlo do país no sábado de madrugada - cerca de cinco horas depois do início da acção dos revoltosos.
O último balanço do governo turco aponta para 308 mortos entre revoltosos, civis e forças leais a Erdogan e mais de 1.400 feridos.
Segundo o Presidente, quase 11.000 pessoas foram detidas no âmbito do inquérito à tentativa de golpe de Estado.
Binali Yildirim, o primeiro-ministro da Turquia, afirmou no sábado que o golpe de Estado que foi travado representa um "novo começo" para as relações entre os principais partidos do país. E acusou os golpistas de serem "terroristas".