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Cristas volta a pedir a Costa para demitir dois ministros
A líder do CDS diz que "ainda estamos longe do momento de estar em causa o regular funcionamento das instituições".
Assunção Cristas, líder do CDS, reiterou o pedido ao primeiro-ministro para demitir os dois ministros que estão debaixo de fogo devido à tragédia de Pedrogão e do roubo de material militar em Tancos.
"O remédio" que o Governo de António Costa deve adoptar é "demitir os dois ministros" para combater "a quebra da autoridade do Estado tem solução ao nível do governo que é encontrar pessoas que possam por mão nos ministérios e restabelecer a confiança", diz a líder do CDS em entrevista à Antena1, que será transmitida na integra às 10:00.
Em causa estão os ministros da Administração Interna e da Defesa, Constança Urbano de Sousa e Azeredo Lopes.
Cristas não responsabiliza o governo pelo ocorrido em Pedrógão ou em Tancos, "mas o que não pode acontecer é este tipo de reacção, e posso dizer que este governo não tem estado à altura da gravidade das situações, porque não falou a uma só voz nem teve autoridade".
Apesar das críticas, a líder do CDS considera que "enquanto houver um primeiro-ministro com apoio parlamentar e enquanto houver um primeiro-ministro que se relaciona regularmente com o Presidente da República e com o Parlamento … ainda estamos longe do momento de estar em causa o regular funcionamento das instituições".
Depois da audição com o Presidente da República, esta semana, Cristas já tinha pedido publicamente que os dois ministros em causa fossem demitidos. Agora, na entrevista à Antena1, diz que nunca utilizou a expressão "regular funcionamento das instituições" no encontro com Marcelo Rebelo de Sousa.
Na mesma entrevista, Cristas deixa ainda a questão: "como é que o Governo planeia continuar a governar nestas circunstâncias", lembrando os cortes de mil milhões de euros das cativações. "É preciso reflectir" nos cortes que fazemos, fazendo também referência aos que foram efectuados pelo Governo que integrou. "Hoje temos um governo com um défice muito abaixo do que Bruxelas exige", adiantou.