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Como o Royal Bank of Scotland vê os políticos portugueses

Numa nota de análise sobre a situação política portuguesa onde recomenda cautela aos clientes no investimento em títulos de dívida nacionais, o Royal Bank of Scotland olha também para os políticos portugueses.

Um Governo que 'não tenha Pedro Passos Coelho nem Paulo Portas, que vire a página da direita e que permita proteger emprego, salários e pensões', e cuja forma 'será conhecida logo que possível', em 'um dia ou dois'.
Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 26 de Outubro de 2015 às 17:00
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"Instabilidade política em Portugal arrasta-se". É este o título do capítulo dedicado a Portugal de um relatório do Royal Bank of Scotland (RBS), que o banco britânico publicou na sexta-feira.

Na nota em que o aconselha os clientes a ficarem afastados da dívida portuguesa enquanto durar o impasse político, o economista Marco Brancolini coloca imagens de quatro políticos portugueses, acompanhadas de questões ou conclusões.

 

A primeira é Catarina Martins, a porta-voz do Bloco de Esquerda, que o RBS questiona se não estamos perante um "novo Tsipras no horizonte". O banco conclui que Cavaco Silva foi "muito agressivo" no discurso em que indigitou Passos Coelho e coloca a questão se o líder socialista António Costa ainda controla o seu partido.

 

O RBS também fala de Marcelo Rebelo de Sousa, para questionar se não será o candidato presidencial que terá de resolver o actual impasse político.

 

O longo da análise à situação política em Portugal, Brancolini assinala que a instabilidade política vai continuar a ser um tema em Portugal em 2016, "à medida que a estrela da senhora [Catarina] Martins continuar a brilhar".

 

Sobre Cavaco Silva, o RBS conclui que o Presidente da República "está ao lado do mercado", uma vez que afirmou na quinta-feira que as "consequências financeiras, económicas e sociais" de um governo de esquerda seriam graves".

 

António José Seguro também merece destaque, pois o economista do RBS conclui que Cavaco Silva apelou à desobediência dos deputados do PS que era apoiantes do antigo líder do PS. O banco britânico diz mesmo que esta rebelião de "seguristas" é o seu cenário central, embora lembre que o PS impôs disciplina de voto.

 

O RBS considera que o PS enfrenta uma situação de risco se derrubar o Governo de Passos Coelho, lembrando o que aconteceu em Portugal em 1987, quando o PRD derrubou um Governo minoritário de Cavaco Silva, que ganhou com maioria nas eleições seguintes.

 

Concluindo que Catarina Martins do Bloco de Esquerda é das que tem mais a ganhar com o actual impasse político, o RBS olha também para as presidenciais de Janeiro como solução para a instabilidade actual e afirma que Marcelo Rebelo de Sousa "tem as melhores possibilidades de ser eleito". 

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