Notícia
Operação Influencer: Chefe de gabinete de Costa escondeu 75.800 euros recebidos por serviços em Angola
Outras provas recolhidas no gabinete de Vítor Escária (agenda eletrónica, e-mails, conversas por sms e Whatsapp) serão analisadas nas próximas semanas, sendo que só depois disso se poderá verificar se existem ou não referências a António Costa.
09 de Novembro de 2023 às 10:40
Bem escondido, dividido em envelopes e em livros, em diferentes prateleiras, e em caixas de vinho. Foi assim que os elementos da PSP que realizaram as buscas ao escritório do chefe de gabinete do primeiro-ministro António Costa, Vítor Escária, encontraram 75.800 euros em dinheiro, avança o Público esta quinta-feira.
Logo cedo, à chegada ao Campus da Justiça para acompanhar os interrogatórios que entretanto terão início, o advogado de Vítor Escária prestou declarações às televisões sobre o dinheiro encontrado pela PSP: "Nunca esteve em causa nos autos do Ministério Público que Vítor Escária tivesse recebido dinheiro de quem quer que fosse. A quantia apreendida no gabinete relaciona-se com a sua atividade empresarial anterior às funções de chefe de gabinete. Essas explicações serão dadas ao tribunal. Para já, constam nos autos apenas para causar discussão na praça pública. Foi um facto acrescentado a martelo. Não é crime manter numerário de qualquer montante. É um facto lateral e não tem nada a ver com a investigação e o processo em curso".
Já no interrogatório, Vítor Escária terá depois justificado depois que os 75.800 euros em dinheiro que foram apreendidos resultaram de prestações de serviços em Angola, alegadamente pagos em dinheiro, noticiou a CNN Portugal, que acrescenta ainda que esta explicação do arguido na operação Influencer levanta um problema de fraude fiscal.
Em simultâneo, ficou a saber-se que António Costa assinou o despacho de exoneração de Vítor Escária como seu chefe de gabinete, ficando o major general Tiago Vasconcelos, atualmente assessor militar do primeiro-ministro, no seu lugar até à saída de António Costa, referiu a RTP
Nas buscas que tiveram lugar na terça-feira à tarde em São Bento ao gabinete de Vítor Escária estiveram também presentes o juiz de instrução e o procurador Rosário Teixeira. A equipa de investigação permaneceu no palácio de São Bento desde as duas da tarde e até depois da hora do jantar, não tendo preendido qualquer material diretamente ligado ao primeiro-ministro. As provas recolhidas (agenda eletrónica, e-mails, conversas por sms e Whatsapp) serão analisadas nas próximas semanas, sendo que só depois disso se poderá verificar se existem ou não referências a António Costa.
(Notícia atualizada às 12h13)
Logo cedo, à chegada ao Campus da Justiça para acompanhar os interrogatórios que entretanto terão início, o advogado de Vítor Escária prestou declarações às televisões sobre o dinheiro encontrado pela PSP: "Nunca esteve em causa nos autos do Ministério Público que Vítor Escária tivesse recebido dinheiro de quem quer que fosse. A quantia apreendida no gabinete relaciona-se com a sua atividade empresarial anterior às funções de chefe de gabinete. Essas explicações serão dadas ao tribunal. Para já, constam nos autos apenas para causar discussão na praça pública. Foi um facto acrescentado a martelo. Não é crime manter numerário de qualquer montante. É um facto lateral e não tem nada a ver com a investigação e o processo em curso".
Em simultâneo, ficou a saber-se que António Costa assinou o despacho de exoneração de Vítor Escária como seu chefe de gabinete, ficando o major general Tiago Vasconcelos, atualmente assessor militar do primeiro-ministro, no seu lugar até à saída de António Costa, referiu a RTP
Nas buscas que tiveram lugar na terça-feira à tarde em São Bento ao gabinete de Vítor Escária estiveram também presentes o juiz de instrução e o procurador Rosário Teixeira. A equipa de investigação permaneceu no palácio de São Bento desde as duas da tarde e até depois da hora do jantar, não tendo preendido qualquer material diretamente ligado ao primeiro-ministro. As provas recolhidas (agenda eletrónica, e-mails, conversas por sms e Whatsapp) serão analisadas nas próximas semanas, sendo que só depois disso se poderá verificar se existem ou não referências a António Costa.
(Notícia atualizada às 12h13)