Notícia
Ministério Público liga dinheiro de Escária aos crimes sob investigação
Os 78.000 encontrados no gabinete de Vítor Escária, na residência oficial do primeiro-ministro, estão ligados aos crimes que lhe são atribuídos.
O Ministério Público sustenta, no despacho de indiciação consultado pelo Negócios, que os 78.000 euros encontrados no gabinete de Vítor Escária, na residência oficial do primeiro-ministro, têm uma relação com os crimes que lhe são imputados. Esta leitura contraria a versão dada pelo seu advogado, Tiago Rodrigues Bastos.
Na manhã desta quinta-feira, 9 de novembro, à chegada ao Campus da Justiça, o causídico afirmou: "Nunca esteve em causa nos autos do Ministério Público que Vítor Escária tivesse recebido dinheiro de quem quer que fosse. A quantia apreendida no gabinete relaciona-se com a sua atividade empresarial anterior às funções de chefe de gabinete. Essas explicações serão dadas ao tribunal. Para já, constam nos autos apenas para causar discussão na praça pública. Foi um facto acrescentado a martelo. Não é crime manter numerário de qualquer montante. É um facto lateral e não tem nada a ver com a investigação e o processo em curso".
Posteriormente, surgiu a informação avançada pela CNN de que os 78.000 euros encontrados na posse de Vítor Escária, entretanto exonerado do cargo de chefe de gabinete de António Costa, teriam sido resultado da prática de serviços prestados em Angola.
Todavia, o despacho de indiciação sublinha que Vítor Escária quis ocultar a proveniência ilícita deste dinheiro de modo a reintroduzi-lo na economia legítima, sabendo que o valor em causa resultava da prática de crimes, nomeadamente os que lhe estão agora a ser atribuídos.
O Ministério Público imputa a Vítor Escária um crime de tráfico de influência, em coautoria com Diogo Lacerda Machado, e dois de prevaricação em coautoria com Afonso Salema, Rui Oliveira Neves e Diogo Lacerda Machado. O primeiro tem uma moldura penal de um a cinco anos, enquanto o segundo prevê uma pena de prisão de dois a oito anos.
Na manhã desta quinta-feira, 9 de novembro, à chegada ao Campus da Justiça, o causídico afirmou: "Nunca esteve em causa nos autos do Ministério Público que Vítor Escária tivesse recebido dinheiro de quem quer que fosse. A quantia apreendida no gabinete relaciona-se com a sua atividade empresarial anterior às funções de chefe de gabinete. Essas explicações serão dadas ao tribunal. Para já, constam nos autos apenas para causar discussão na praça pública. Foi um facto acrescentado a martelo. Não é crime manter numerário de qualquer montante. É um facto lateral e não tem nada a ver com a investigação e o processo em curso".
Todavia, o despacho de indiciação sublinha que Vítor Escária quis ocultar a proveniência ilícita deste dinheiro de modo a reintroduzi-lo na economia legítima, sabendo que o valor em causa resultava da prática de crimes, nomeadamente os que lhe estão agora a ser atribuídos.
O Ministério Público imputa a Vítor Escária um crime de tráfico de influência, em coautoria com Diogo Lacerda Machado, e dois de prevaricação em coautoria com Afonso Salema, Rui Oliveira Neves e Diogo Lacerda Machado. O primeiro tem uma moldura penal de um a cinco anos, enquanto o segundo prevê uma pena de prisão de dois a oito anos.