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Operação Influencer: João Tiago Silveira confirma que é um dos nove arguidos

João Tiago Silveira já confirmou ao Negócios que foi constituído arguido na operação Influencer. É sócio da sociedade de advogados Morais Leitão, ex-secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e ex-secretário de Estado da Justiça no Governo de Sócrates.

Vítor Mota
09 de Novembro de 2023 às 09:38
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Há mais um nome a juntar-se à lista de arguidos na investigação do Ministério Público aos negócios do lítio e do hidrogénio. É João Tiago Silveira, ex-secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, ex-secretário de Estado da Justiça no Governo de Sócrates e sócio da sociedade de advogados Morais Leitão, que também faz parte da lista dos nove arguidos que constam do despacho de indiciação que foi entregue às defesas dos arguidos detidos, aquando da sua apresentação perante o juiz de instrução criminal, avançou o ECO esta quarta-feira. 

Logo após a publicação da notícia, o advogado confirmou a mesma. "Confirmo que fui constituído arguido no âmbito do processo tornado público na passada terça-feira. Guardarei os meus comentários para a sede e momento próprios, se e quando me confrontarem com factos concretos", escreveu João Tiago Silveira numa nota enviada ao Negócios por fonte da Morais Leitão. 

E acrescentou ainda: "Perante o ruído que se tem instalado e antes que suspeitas sem contraditório se consolidem na opinião pública, quero deixar muito claro o seguinte: ao longo da minha vida profissional, nunca confundi o exercício de funções públicas e de funções privadas, em particular da profissão de Advogado. Mas há uma nota comum em toda a minha carreira, no setor público e no setor privado: a honestidade e o estrito respeito pela legalidade".

Os arguidos na chamada operação Influencer são então: Diogo Lacerda Machado, amigo de Costa; Vítor Escária, chefe de gabinete do primeiro-ministro; Rui Oliveira Neves, administrador da Start Campus e também sócio da Morais Leitão; Afonso Salema, CEO da mesma empresa; e Nuno Mascarenhas, autarca de Sines, estando estes já detidos; aos quais se somam o ministro das Infraestruturas, João Galamba, a empresa Start Campus, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, e João Silveira, que permanecem em liberdade. 

Na manhã desta quinta-feira, os arguidos que permanecem detidos foram levados do Comando da PSP em Lisboa para o Campus da Justiça, onde decorrerá o primeiro interrogatório judicial vem separado, avançou a RTP, começando pelos empresários da Start Campus e terminando em Lacerda Machado. No dia anterior tinham já  conhecido as acusações que pendem sobre si desde 2019. As medidas de coação estão ainda por definir, o que deverá acontecer apenas após os vários dias de interrogatório que se seguem agora.

Na política, João Tiago Silveira foi nomeado porta-voz do PS por José Sócrates em 2009 e adjunto de António Vitorino e António Costa nos governos de António Guterres e secretário de Estado de Alberto Costa, ministro da Justiça. É sócio da Morais Leitão desde 2017. 

Escreve ainda o ECO que em causa estarão alegadas "irregularidades" em investimentos em projetos de exploração do lítio, hidrogénio e da construção de um data center, que podem ter superado os 1.000 milhões de euros.
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