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Câmara dos Representantes aprova sanções contra a China
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou esta quarta-feira um projeto de lei no sentido de impor sanções a Pequim, devido à lei de segurança nacional da China para Hong Kong.
Esta quarta-feira foi aprovado um projeto de lei pela Câmara dos Representantes norte-americana que visa impor sanções "aos dirigentes chineses que deteriorem a limitada autonomia de Hong Kong em relação a Pequim, bem como aos bancos e empresas que negoceiem com eles", refere o The Wall Street Journal.
Isto como resposta à lei de segurança nacional da China para Hong Kong, aprovada ontem, e que os EUA consideram que restringe a liberdade daquele território.
Com a nova lei de segurança nacional da região administrativa especial da China já a produzir efeitos, foram perto de 400 os manifestantes detidos pelas autoridades locais nesta quarta-feira.
O projeto de lei que recebeu hoje luz verde da "House" é similar mas não idêntico a uma medida aprovada na semana passada pelo Senado norte-americano, pelo que terá de passar também na câmara alta, sublinha a Bloomberg.
Só depois de ser aprovado pelas duas casas do Congresso é que seguirá para o Presidente, Donald Trump, para que este o promulgue.
Na terça-feira, 29 de junho, os Estados Unidos tinham já intensificado a pressão sobre Pequim, ao dificultarem ainda mais a exportação de tecnologia sensível para Hong Kong.
"Com a imposição do Partido Comunista Chinês de novas medidas de segurança em Hong Kong, o risco de que tecnologia sensível dos EUA seja desviada para o Exército de Libertação do Povo ou para o Ministério da Segurança do Estado aumentou, minando assim a autonomia do território", declarou então o secretário-norte-americano do Comércio, Wilbur Ross.
No âmbito destas medidas, o Departamento norte-americano do Comércio anunciou que iria suspender os regulamentos que atribuem um tratamento especial a Hong Kong, nomeadamente no que diz respeito às exceções nas licenças de exportação. "Estão a ser estudadas medidas adicionais para eliminar o tratamento diferencial", acrescentou Ross sem avançar pormenores.