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Bloco não tem dúvidas: Governo queria mesmo isentar Domingues de apresentar declarações no TC
Jorge Costa, deputado bloquista, afirmou à TSF que "não é novidade para ninguém" que o objectivo do Executivo era libertar António Domingues e a sua equipa na CGD da obrigação de entregarem no Constitucional as suas declarações de rendimentos.
"Não é novidade para ninguém há muitos meses que Mário Centeno e o PS, o Governo, queria proporcionar esse estatuto de excepção à administração da Caixa Geral de Depósitos, Incluindo a não entrega da declaração" junto do Tribunal Constitucional, afirmou o deputado bloquista Jorge Costa aos microfones da TSF no programa Política Pura, esta quinta-feira à noite.
A questão, sublinha, ficou resolvida com a alteração à lei entretanto apresentada pelo PSD e que contou com o voto favorável do seu partido. E o mais importante está feito, na medida em que António Domingues já não está na presidência do banco público, considerou.
Posto isto, para Jorge Costa deixa de se justifica o "barulho da direita" em torno de toda esta questão de se saber se Centeno mentiu ou não ao Parlamento. Na sua opinião, isso apenas acontece por "a direita não ter assunto e ter ficado sem discurso depois de perceber que os resultados económicos e financeiros estão a aparecer".
Lobo Xavier confirma "acordo ou entendimento"
Também esta quinta-feira à noite, mas no programa Quadratura do Circulo, da SIC Notícias, António Lobo Xavier confirmou que as SMS trocadas entre António Domingues e o Ministro das Finanças, a que teve acesso e cujo conteúdo revelou ao Presidente da República, confirma, efectivamente, a existência de um "acordo ou de um entendimento" entre ambos no sentido de se encontrar uma solução que dispensasse António Domingues da apresentação das declarações de rendimentos junto do Tribunal Constitucional.
Sem revelar o teor da conversa com Marcelo, Lobo Xavier confirmou a existência da mesma e acrescentou ainda que da informação que têm não resulta "nenhuma evidência da participação do primeiro-ministro" António Costa no processo entre Centeno e Domingues.