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BE garante que não vai desistir da criação do banco de terras

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, assegurou na quinta-feira que não vai desistir da criação do banco de terras, considerando a medida importante para "parar tragédias verão após verão" com os incêndios.

Miguel Baltazar
21 de Julho de 2017 às 01:29
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"Não desistimos e o banco de terras público será criado. Terá de ser criado. Porque é essa responsabilidade de ordenar a floresta e combater o abandono que nos é posta se queremos parar as tragédias verão após verão", disse Catarina Martins.

 

Na quarta-feira, no parlamento, PSD, CDS-PP e PCP chumbaram o diploma do Governo para a criação do banco de terras, incluído no pacote das florestas, e, por outro lado, a proposta do executivo referente aos benefícios fiscais das entidades de gestão florestal transitou para o início da próxima sessão legislativa.

 

Esta quinta-feira, numa conferência de imprensa que servia para fazer o balanço da sessão legislativa, o PCP desdramatizou os efeitos das divergências com o Governo e o BE sobre o banco de terras, chumbado pelos comunistas, nas conversações para o Orçamento do Estado de 2018.

 

Na noite de quinta-feira, numa intervenção na Afurada, concelho de Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, que também teve como foco o balanço sobre a sessão legislativa, Catarina Martins abordou o tema da floresta, defendendo que, "para além de parar o empobrecimento, há uma responsabilidade que [a actual maioria] tem, a de construir uma forma diferente de organizar o país".

 

"Foi possível revogar a lei de liberalização dos eucaliptos e ter para o futuro uma redução da área do eucalipto em Portugal. Foi possível colocar na lei a necessidade de ordenamento do território florestal que não é compatível com os apetites insaciáveis das celuloses e que tem de pôr as seguranças das populações em cima da mesa. Foi possível uma legislação para começarmos a fazer o cadastro da floresta", disse.

 

Mas, alertou, "houve passos que não foram feitos e é pena que não tenham sido feitos, como, por exemplo, dar um destino às terras sem dono que não são de ninguém, estão abandonadas e que, portanto, ardem sempre mesmo que os vizinhos limpem tudo".

 

Num comício no qual também discursaram o deputado na Assembleia da República, Luís Monteiro, bem como o candidato à Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Renato Soeiro, a última mensagem da líder bloquista foi sobre as eleições autárquicas marcadas para 1 de Outubro.

 

"Para o Bloco, há três prioridades nas autárquicas: transparência e combate ao clientelismo e à corrupção. Porque não há possibilidade de se alterar o que está mal e de se combater negócios que têm atentado contra as populações sem lutarmos contra a corrupção e clientelismo e sermos transparentes", disse.

 

Catarina Martins pediu "exigência em cada freguesia e em cada concelho" porque, defendeu, "já chega dos autarcas do betão e da inauguração. Precisamos de ver em cada local o que falta. Deixemos de inaugurar pedras e façamos o que é necessário para efectivar os direitos".

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