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Autarca de Gaia e a corrupção: “Pessoas más materializam-na”

“A transparência não é uma característica de países nórdicos, é uma característica de países que escrevem pouco e bem”, defende o presidente da Câmara de Gaia, orador de um webinar intitulado “Esqueço a chave na porta e ninguém entra?”

Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara de Gaia. Paulo Duarte
28 de Outubro de 2020 às 10:41
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"A transparência não é uma característica de países nórdicos, é uma característica de países que escrevem pouco e bem! Escrevem boas leis e escrevem melhor jurisprudência. Mas escrevem pouco, porque quem sabe o que diz ou o que quer dizer, fá-lo de forma clara e objetiva", defende Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara de Gaia e da Área Metropolitana do Porto.

 

Para o autarca, "o fenómeno da corrupção não decorre de nenhum problema congénito português, antes sendo o produto de más pessoas ou de más leis ou de ambas. Sim, de ambas. Leis más desenham a corrupção. Pessoas más materializam-na", considera.

 

Na sinopse do webinar "Esqueço a chave na porta e ninguém entra?", que a Universidade Portucalense promove no dia 30 de outubro e que terá Eduardo Vítor Rodrigues como orador, o autarca antecipa que "falar-se-á da dicotomia entre o público e o privado, numa lógica nada dicotómica. O combate pela transparência não pode ser uma questão da política, mas um desiderato do país. Estigmatizar é também corromper", julga o autarca.

 

Eduardo Vítor Rodrigues, de 49 anos, ganhou o prémio "Engenheiro António de Almeida" por se ter licenciado com a classificação mais elevada, em Sociologia, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde foi professor até à sua tomada de posse, como presidente da Câmara de Gaia, a 21 de outubro de 2013.

 

Antes, entre 2001 e 2009, presidiu à Junta de Freguesia de Oliveira do Douro.

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