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Assunção Esteves apela a entendimento sobre sucessão de Silva Peneda no CES
A presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, apelou esta quarta-feira a um entendimento entre os partidos sobre uma solução para a presidência do Conselho Económico e Social (CES), após a saída de Silva Peneda do cargo até dia 1 de Maio.
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"A Presidente foi muito assertiva, o lugar fica vago no dia 1 de Maio, e é necessário que os partidos se entendam antes", comunicou aos jornalistas o porta-voz da conferência de líderes parlamentares, o deputado social-democrata Duarte Pacheco.
A discussão na conferência de líderes foi, por enquanto, "inconclusiva", apontou o porta-voz, referindo que "a maioria mostrou-se inclinada para a eleição e o PS para que os vice-presidentes do CES assumissem a liderança".
Nem PCP nem BE se pronunciaram, acrescentou.
Fonte da direcção da bancada socialista disse na terça-feira à agência Lusa que, quando o tema da substituição de Silva Peneda for novamente debatido em conferência de líderes parlamentares, o PS "reafirmará a sua posição a favor de uma solução provisória para a presidência do CES".
Silva Peneda, ex-ministro dos governos de maioria absoluta liderados por Cavaco Silva, está a cerca de um mês de iniciar funções como adjunto do presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Juncker, e a maioria PSD/CDS pretende que o cargo de presidente do CES seja alvo de uma eleição formal por um período de uma legislatura.
Para o PS, no entanto, a poucos meses do final da legislatura, não faz sentido haver uma eleição para a presidência do CES.
O PS contrapõe que existe a possibilidade de o vice-presidente e presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, assumir o cargo interinamente até Outubro.
Silva Peneda, que chegou a ser apontado como um dos potenciais comissários europeus da equipa de Jean Claude Juncker, foi reeleito presidente do CES a 11 de Outubro de 2011.