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Apoio a Merkel desliza após ataques terroristas

O nível de apoio dos eleitores à chanceler alemã deslizou, em Julho, após os ataques terroristas. A justificar este comportamento está sobretudo a discórdia sobre a política de refugiados.

Reuters
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O apoio dos eleitores a Angela Merkel desceu 12 pontos percentuais para 47%, em Julho, revela a Bloomberg que cita uma sondagem que a Infratest realizou para a estação de televisão pública ARD. Esta leitura é a segunda mais baixa no seu terceiro mandato, que começou em 2013.

 

Já o apoio a Horst Seehofer, um dos seus maiores adversários durante a crise de refugiados, disparou 11 pontos para 44%. Horst Seehofer é o primeiro-ministro do estado da Baviera e presidente da CSU.

 

Dois terços dos inquiridos nesta sondagem diz opor-se à política seguida por Merkel na gestão da crise de refugiados.

 

Já os partidos que estão no Governo, liderado pela CDU de Merkel, conseguem 34%, uma percentagem idêntica à observada anteriormente, com o partido de coligação Social-Democrata a conquistar 22%. 

 

Os Verdes têm 13% de apoio, o partido anti-imigração AfD conquista 12%, o Partido de Esquerda 9% e os Democratas Livres 5%.

 

A Bloomberg revela que a sondagem inquiriu 1.003 pessoas, com idade mínima para votarem entre os dias 1 e 2 de Agosto, sendo a margem de erro de 3,1 pontos percentuais.

Angela Merkel manteve a política de gestão da crise de refugiados, apesar dos ataques realizados na Alemanha. No final de Julho, Merkel, antecipou a conferência de imprensa que habitualmente faz no Verão, para reagir às críticas depois dos ataques. Angela Merkel afirmou que os atacantes "quiseram minar o sentido de comunidade, a nossa abertura e a nossa vontade de ajudar as pessoas necessitadas. Devemos rejeitar isso firmemente". Esta posição provocou um abalo nos níveis de popularidade da responsável. 

A Alemanha foi alvo de quatro ataques em Julho, causando 13 mortes e um clima de tensão e receio na sociedade germânica.

Dois dos ataques em questão, os que foram levados a cabo na Baviera, foram-no por requerentes de asilo. O ataque suicida à bomba em Ansbach foi perpetrado por um cidadão sírio a quem havia sido negado asilo apesar de ter sido aceite temporariamente no país.

 

Já o ataque num comboio em Wuerzburg, a 18 de Julho, com recurso a um machado foi executado por um requerente de asilo afegão. Três dos quatro ataques foram executados por requerentes de asilo, com dois deles a reclamarem fidelidade ao autoproclamado Estado Islâmico (EI).

 

O ataque mais mortífero foi executado por um jovem alemão admirador do homicida norueguês Breivik. Para Merkel "os tabus da civilização estão a ser quebrados", referindo-se aos recentes ataques em França, Turquia, Estados Unidos e Bélgica.

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