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Público: António Costa quer aperfeiçoar mensagem junto dos investidores

O secretário-geral do Partido Socialista esteve esta quarta-feira reunido com o presidente da bolsa portuguesa, na tentativa de aperfeiçoar a forma de passar a mensagem do PS junto dos investidores num cenário de coligação de partidos de esquerda.

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Negócios 14 de Outubro de 2015 às 21:10
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O líder do PS, António Costa, esteve hoje reunido com o presidente da Euronext Lisboa, Luís Laginha de Sousa, tendo o encontro e a troca de impressões servido, segundo avança o Público, "para o líder do PS conseguir aperfeiçoar a forma de passar a mensagem do seu partido junto dos investidores, de modo a tranquilizar algumas inquietações".

 

"Em causa está o cenário de uma eventual coligação de partidos de esquerda para formar Governo, o pode gerar um ambiente de incerteza junto de quem investe nas acções e na dívida das empresas cotadas na praça nacional", refere o jornal.

 

Este encontro teve lugar depois de na segunda-feira a bolsa portuguesa ter perdido terreno, a banca ter afundado e os juros soberanos terem subido – numa reacção, segundo os analistas que falaram com o Negócios, aos receios de um Governo de esquerda, já que a instabilidade poderá aumentar. Isto numa altura em que Costa iniciou conversações com a CDU e com o BE, com o cenário de governo à esquerda a ganhar mais peso.

"Seria um choque [haver um Governo de esquerda], face ao que os mercados prevêem actualmente", na opinião de Michael Michaelides. O analista do RBS considera que "os investidores iriam reagir adversamente, devido à percepção de que a consolidação orçamental iria abrandar e de que haveria menos vontade de implementar reformas estruturais". E o especialista atira: "o pior cenário seria um Governo formado por PS, BE e CDU, com estes três partidos a assumirem posições que divergissem do caminho actual".

Também David Schnautz aponta que "uma aliança formada por partidos de esquerda poderá ser vista como um risco de que o cansaço da austeridade e das reformas está a vir à tona em Portugal". O analista do Commerzbank explica que "um mau cenário seria as agências de notação financeira afirmarem que os desenvolvimentos políticos estão a ir no caminho errado, impedindo-as de subir o ‘rating’". "Isso poderá afectar fortemente as obrigações portuguesas, actualmente com juros baixos", acredita.

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