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António Costa convida Francisco Assis para participar na Comissão Política

O secretário-geral socialista convidou Francisco Assis e os restantes eurodeputados do PS a participarem na reunião da Comissão Política agendada para o próximo domingo. O encontro servirá para discutir um eventual acordo com a esquerda.

05 de Novembro de 2015 às 16:29
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Além dos membros da Comissão Política do PS, também os eurodeputados socialistas deverão participar no encontro daquele órgão agendado para as 21:30 do próximo domingo, segundo confirmou fonte oficial do partido ao Negócios. Ou seja, o secretário-geral socialista, António Costa, convidou Francisco Assis, eurodeputado e protagonista de uma "corrente crítica e alternativa" ao caminho seguido pela actual liderança do partido, a participar na discussão sobre o andamento das negociações com os partidos da esquerda parlamentar.

O Negócios sabe que o convite dirigido aos eurodeputados, e enviado já esta quinta-feira, 5 de Novembro, partiu de uma indicação dada pelo próprio secretário-geral socialista. Esta mesma quinta-feira, Francisco Assis tinha decidido antecipar o encontro da Mealhada para a próxima sexta-feira à noite.

 

Mas apesar de Assis já ter confirmado que participará na Comissão Política, mantém-se o encontro da Mealhada que deverá reunir cerca de 400 militantes que se opõem à ideia de um Governo do PS apoiado pela esquerda,. Francisco Assis tinha inicialmente adiado o almoço de sábado, na Mealhada, depois de o PS ter agendado para praticamente a mesma hora a reunião da Comissão Nacional do partido, em Lisboa. Entretanto, Assis irá ser entrevistado esta noite no Jornal das 8 da TVI.

 

Além do convite dirigido aos eurodeputados, também os deputados eleitos nas eleições de 4 de Outubro último foram convidados a participar da Comissão Política que, no próximo domingo, ajustará a posição do partido em relação ao programa do Governo que começará a ser discutido já no início da próxima semana. 

O objectivo da ala liderada por Francisco Assis passa por concertar posições antes da Comissão Política do partido. Desde que este órgão mandatou António Costa para que iniciasse conversações com todos os partidos com assento parlamentar com vista a uma solução estável de Governo, Assis mostrou-se frontalmente contra a possibilidade de um acordo com as forças políticas à esquerda do PS. A dessintonia entre Assis e António Costa ficou patente logo no Congresso socialista realizado em Novembro, quando o eurodeputado abandonou o evento descontente com a hora que Carlos César, presidente do partido, definiu para a intervenção do ex-candidato à liderança do partido. Na altura, Assis recusou integrar qualquer lista para os órgãos do partido. 

Mesmo tendo em conta que a ordem de trabalhos das reuniões daqueles órgãos socialistas se centrará na "análise da situação política e a apreciação das diligências desenvolvidas com vista à formação de Governo na sequência das eleições", sabe-se que as hostes do PS esperam já poder discutir aquilo que se espera ser um acordo final com BE, PCP e Verdes.

Neste momento além da incógnita em torno da chegada, ou não chegada, a acordo com os partidos da esquerda parlamentar, subsiste ainda a dúvida em relação àquela que será a posição do partido na votação ao programa do Governo e às já prometidas moções de rejeição ao Executivo em funções. 

Isto porque depois de na terça-feira Carlos César, presidente do PS, ter assegurado que "não votaremos nem apresentaremos nenhuma moção de rejeição" se PS, BE, PCP e Verdes não garantirem uma alternativa credível, ontem a deputada socialista Ana Catarina Mendes garantiu havendo uma moção de rejeição, ela será "necessariamente" aprovada.

(Notícia actualizada às 16h51)

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