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Alemanha aprova estímulos de 130 mil milhões

A chanceler alemã garantiu um pacote de estímulos à economia, no valor de 130 mil milhões de euros, destinado a ajudar o país a recuperar da crise gerada pela pandemia de covid-19.

EPA
03 de Junho de 2020 às 21:53
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A coligação da chanceler alemã, Angela Merkel, conseguiu aprovar esta quarta-feira, após dois dias de negociações, um pacote de medidas de estímulo que ascende a 130 mil milhões de euros, avançou a Bloomberg.

 

Depois de resolvidos os pontos de discórdia entre os partidos da coligação governamental, a CDU de Merkel e o SPD (sociais-democratas), o impasse foi finalmente desbloqueado.

 

Os sociais-democratas queriam ver mais gastos públicos e medidas focadas nos trabalhadores e famílias, ao passo que os democratas cristãos estavam empenhados em limitar o montante do novo endividamento e em pôr as empresas a investir de novo. Na terça-feira, após nove horas de debates, não se chegou a qualquer entendimento, pelo que as reuniões prosseguiram hoje – e chegaram a bom porto.

 

O acordo inclui um alívio fiscal para as empresas, dinheiro para as famílias, incentivos às vendas de automóveis e ajudas aos municípios.

 

Os parceiros da coligação resolveram as suas diferenças no que diz respeito aos incentivos para a compra de novos carros e ao alívio das câmaras altamente endividadas, "conseguindo assim abrir caminho para um programa orçamental que é substancialmente mais elevado do que os pacotes similares dos parceiros da Alemanha na Zona Euro", destaca a Reuters.

 

Merkel anunciou que este programa de estímulos à economia, pressionada pela contração da atividade devido às medidas de confinamento decorrentes da covid-19, incluem também uma redução do IVA até ao final deste ano - que visa ajudar a aumentar o consumo no país.

Entre as muitas medidas, o IVA será então temporariamente reduzido, as famílias receberão 300 euros por cada criança e quem comprar veículos elétricos verá o desconto aplicado pelo governo duplicar para 6.000 euros, realça, por seu lado, a Barron’s.

 

O valor de que se falava para este programa estava compreendido entre os 80 e os 100 mil milhões de euros, mas acabou por ser superior.

 

Após um "shot inicial" de estímulos em Março, o governo de Merkel mostrou estar disposto a "gastar o que fosse preciso" para recolocar o país na via do crescimento, recorda a Bloomberg. Se incluirmos os programas para garantir a liquidez das empresas [as linhas de crédito], a Alemanha disponibilizou mais de 1,2 biliões de euros – o valor mais alto, até agora, entre os Estados-membros da União Europeia.

 

"Ainda assim, estes esforços não impediram que o desemprego disparasse em maio para o nível mais alto desde finais de 2015", sublinha a agência noticiosa.


(notícia atualizada às 22:12)

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