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Montenegro admite candidatura à liderança do PSD

O ex-presidente da bancada parlamentar do PSD admitiu, na TSF, que está a ponderar uma eventual candidatura à presidência dos social-democratas.

Miguel Baltazar/Negócios
04 de Outubro de 2017 às 13:59
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Logo na estreia do novo programa da TSF, Almoços Grátis, a estação de rádio garantiu uma notícia: Luís Montenegro está a ponderar entrar na corrida à liderança do PSD.

 

No programa de debate que junta o ex-líder da bancada parlamentar social-democrata e o presidente da bancada socialista, Carlos César, Montenegro disse que "sou um daqueles que tem a responsabilidade de fazer a ponderação, de ouvir muitas pessoas".

 

Luís Montenegro adiantou que não faz depender a sua decisão dos nomes que venham entretanto a entrar também na corrida pela liderança. "Não depende de ninguém, depende da avaliação que eu vou fazer, ouvindo as pessoas que eu entendendo que devo ouvir".

 

E acrescentou ter "liberdade total para poder decidir aquilo que achar melhor para o país" e para o partido.

Apesar de a intervenção ontem feita por Montenegro no Conselho Nacional do PSD ter sido lida pela imprensa como indiciadora de que não iria avançar, o deputado mostra agora que é real a hipótese de avançar.

 

O encontro do órgão máximo entre congressos mostrou que o eurodeputado Paulo Rangel se afigura como potencial candidato, pelo menos poderá granjear apoios de relevo.

 

Tanto Marco António Costa, vice-presidente do PSD e um homem com peso ao nível do aparelho social-democrata, como o próprio Passos Coelho, presidente do partido que ontem confirmou que não vai recandidatar-se à liderança, fizeram discursos em que elogiaram o papel desempenhado por Rangel.

 

Paulo Rangel também se dirigiu ao Conselho Nacional para rejeitar qualquer cenário de bloco central ao defender que o PSD não pode nem deve abdicar do papel de "oposição", declaração entendida como uma indirecta a Rui Rio.

 

O ex-autarca portuense também parece posicionar-se para concorrer. Na segunda-feira foi noticiado um jantar com "barões" do PSD em que Rio terá tentado ouvir aconselhamento sobre uma candidatura.

 

Outros dois nomes de figuras conhecidas do PSD foram apontados como possíveis sucessores de Passos, Morais Sarmento e Santana Lopes. O primeiro demarcou-se e exclui qualquer hipótese de se candidatar, enquanto o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa reconheceu estar "a ponderar, obviamente".

 

No programa semanal na SIC Notícias de debate com António Vitorino, Santana pareceu opor-se a Rui Rio ao atirar contra os "consensos fabricados antes de tempo", que garantiu não gostar. "Mesmo que alguém corra a apresentar-se com nomes de barões e baronetes, quem vota são os militantes", concluiu.

 

Passos Coelho anunciou na noite passada que não deixará o partido "em gestão" e num remoque a Santana garantiu que "não ficarei cá a rondar". Recusou ainda demitir-se e revelou que vai esperar até à realização de directas que, propôs, sejam antecipadas para Dezembro.

 
Ficou então agendada já para a próxima segunda-feira uma nova reunião do Conselho Nacional com o objectivo de agendar eleições directas para a liderança do partido e subsequente Congresso. 

(Notícia actualizada às 14:29)

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