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77% dos europeus querem acesso aos fundos da UE ligado ao Estado de direito

Mais de três quartos dos europeus concordam com a ligação dos fundos da União Europeia ao Estado de direito e aos respeito pelos princípios democráticos.

Bruxelas avançou para a criação de uma Procuradoria Europeia para combater fraudes com verbas comunitárias.
Olivier Hoslet/EPA
20 de Outubro de 2020 às 15:53
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Cerca de oito em cada dez pessoas na União Europeia (UE) apoiam a proposta, avançada pela Alemanha no mês de setembro, de que os fundos comunitários da UE devem ser entregues somente aos Estados-membros que cumpram com as diretivas do Estado de direito e dos princípios democráticos, de acordo com o um estudo de opinião encomendado pelo Parlamento Europeu.

Os fundos comunitários da UE são apoiados pela maioria dos cidadãos europeus, sendo que 54% considera que a UE deveria ter mais meios financeiros ao seu dispor, para conseguir ultrapassar as consequências da covid-19. Todavia, caso a proposta alemã avance, países como a Hungria e a Polónia, que estão a braços com procedimentos por infração das regras democráticas, podem não beneficiar das ajudas comunitárias.

Quanto ao destino destes apoios financeiros, a Saúde pública é para 54% dos participantes a prioridade, seguida pela recuperação económica (42%) e pelas alterações climáticas (37%). Os inquiridos de 18 Estados-membros, onde Portugal está incluído, alteraram desde o último inquérito realizado em junho de 2020 as suas preferências ao nível da UE, remetendo o emprego para quarto lugar, apenas com 35% dos indivíduos a defini-lo como prioritário.

Um acordo ao nível do plano de recuperação e do quadro financeiro plurianual ganha relevância, quando a ampla maioria dos cidadãos europeus receia um impacto direto da pandemia na sua situação financeira pessoal. Mais de 30% dos inquiridos confessam que a crise pandémica já se refletiu nos seus rendimentos, ao passo que 27% antevê um impacto semelhante num futuro próximo.
Somente 27% dos cidadãos esperam que a crise gerada pela covid-19 não tenha impactos negativos nas suas contas pessoais.


No caso português, esta realidade é ligeiramente diferente, 45% dos inquiridos revelam que a atual crise já fez estragos no orçamento pessoal e 31% espera que o mesmo ocorra no futuro. Apenas 15% dos portugueses considera que esta crise não terá qualquer tipo de impacto no seu orçamento.

O estudo do Parlamento Europeu revelou ainda que dois terços dos participantes (66%) consideram que a UE deveria ter mais competências para dar resposta a crises como a despoletada pela covid-19. A nível nacional esta percentagem é mais elevada com 83% dos portugueses a concordar com esta afirmação.

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