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PS quer negociar nomeações do Estado em bloco
Ao longo dos próximos meses há oito lugares que vagam em organismos de relevo como o Banco de Portugal, CMVM e Tribunal de Contas. António Costa quer negociar as substituições em bloco e antecipadamente com o PSD, escreve o jornal Sol.
Banco de Portugal, CMVM, Conselho Económico e Social e cinco juízes do Tribunal Constitucional: esta é a lista de lugares que vão ficar vagos nos próximos meses e que António Costa, líder do PS, quer negociar desde já com Pedro Passos Coelho.
Segundo avança esta sexta-feira o jornal Sol, a ideia de António Costa é negociar um conjunto de colocações estratégicas em bloco, de antemão. Essa será a razão pela qual o líder do PS está a atrasar a indicação de um nome para o Conselho Económico e Social (CES), um lugar que ficará vago a 1 de Maio com a saída de Silva Peneda para Bruxelas.
Entre as hostes socialistas já houve movimentações para indicar João Proença para o lugar, mas o seu nome está longe de reunir consenso, quer no partido, quer entre os parceiros sociais.
Segundo o Sol, António Costa prefere fazer um compasso de espera e arranjar espaço negocial para o que se segue. Carlos Costa termina o seu mandato no Banco de Portugal em Junho, pouco antes das eleições; Carlos Tavares, presidente da CMVM, sai em Outubro; e entre Abril e Julho do próximo ano há cinco juízes-conselheiros do Tribunal Constitucional a abandonarem o cargo.
Para o PSD este será um cenário afastado, pelo menos para já. Uma fonte do partido adiantou ao Sol que "não faz sentido estar a negociar nomes para depois das eleições. Nessa altura, nem se sabe quem estará no Governo bem sequer quem ficará a liderar os partidos".
O PSD quer também ser ele a indicar o próximo governador do Banco de Portugal – "há quinze anos que é o PS a escolher o governador do BdP. E nunca estiveram descontentes com as regras de nomeação. Era o que falta que quisessem agora mudar tudo, quando somos nós que estamos no Governo quando acaba o mandato", adianta a mesma fonte social-democrata.