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Membro do BCE diz que ainda não é necessário um “quantitative easing”

O membro do conselho de governadores do Banco Central Europeu rejeitou a necessidade do programa de compra de ativos, por considerar que a economia da região não está fraca o suficiente.

Klaas Knot. O seu mandato à frente do Banco da Holanda foi renovado por mais sete anos recentemente, mas é um possível candidato à presidência do BCE por ter a simpatia da Alemanha.
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Klass Knot, holandês que preside o banco central do país e decisor do BCE, não considera que a atual situação económica na Europa justifique uma retomada do "quantitative easing" e que esse cenário não devia ser equacionado, a menos que o abrandamento da economia se acentue, segundo a Bloomberg.

"Se o risco da deflação voltar à agenda, eu acho que o programa de compra de ativos deverá ser ativado, mas na minha previsão de inflação, não há necessidade disso acontecer", disse Knot, em Amesterdão, à agência de notícias. 

No entanto, o governador do banco da Holanda abre a porta a mais cortes na taxa de juro diretora e afirmou que Mario Draghi, líder do banco central da Zona Euro, terá um grande problema em mãos caso esteja a planear um pacote de estímulos monetários na reunião do BCE de 12 de setembro.

Depois da reunião de julho, Draghi deu a entender aos investidores que esperassem alguma forma de estímulos, descrevendo a economia do velho continente como estando a ficar "cada vez pior".

"Uma queda nas expectativas em torno da inflação e preços do petróleo mais baixos, provavelmente levarão o BCE a rever a sua previsão e a anunciar um pacote de estímulos já em setembro", disse a economista Maeva Cousin, à Bloomberg.

A sua sucessora Christine Lagarde, que vai assumir o cargo no dia 1 de novembro, disse que o BCE não atingiu ainda o limite mínimo das taxas e tem todas as ferramentas para enfrentar uma possível recessão.

Na Europa, grande parte dos governadores tem apelado à necessidade de estímulos por parte dos bancos centrais. Por exemplo, Olli Rehn, governador do Banco da Finlândia, disse que são necessárias medidas que impulsionem a economia.

No lado oposto, Jens Weidmann, presidente do Bundesbank, tinha já afirmado que Mario Draghi não deveria tomar qualquer medida e deixar a decisão para a nova presidente que vai assumir o cargo no final do ano. 

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