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FMI quer lançar base de partilha de dados entre bancos centrais

Os bancos centrais estão a virar-se para novas tecnologias e novos dados para aperfeiçoar a tarefa de elaborar "oulooks" económicos evitando erros. Para ajudar, o FMI quer lançar uma plataforma de "big data" para bancos centrais.

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) quer lançar um centro de "big data", para que os bancos centrais possam trocar informação que seja útil na hora de delinear um "guidance" ou tomar decisões.

"Queremos criar um centro de grandes volumes de dados para que os decisores de políticos monetária possam trocar informações", revelou Alfred Kammer, diretor do departamento para a Europa do FMI, durante um painel subordinado aos "outlooks", no âmbito do Fórum do Banco Central Europeu (BCE), que está a decorrer em Sintra.

A esta inovação podem somar-se outras, como o recurso a "machine learnig", cuja a utilização em "oulooks económicos" está a ser debatida e estudada por vários bancos centrais.

A necessidade de novas tecnologias e dados parece iminente face ao cenário de cada vez maior criatividade dos governos para fazer frente a crises.

"A particularidade de as autoridades [reponsáveis pelas políticas] orçamentais se terem tornado mais ativistas na resposta aos mais recentes choques - sendo provável tal continue a acontecer - demonstra a importância de improvisar e atualizar os instrumentos" utilizados pela elaborar "outlooks", considerou Clare Lombardelli, economista-chefe da OCDE, durante o mesmo painel.

Política monetária e ferramentas de estabilidade financeira não têm de ser inimigos

Durante esta conferência, foi ainda tempo de ouvir Chiara Scotti, vice-presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana em Dallas, a qual defendeu uma ligação entre ferramentas utilizadas para garantir a estabilidade financeira e política monetária.

"Os decisores de política monetária e quem elabora as perspetivas económicas devem ter em conta o impacto que os choques financeiros podem ter na economia", alertou Chiara Scotti, sublinhando que "os choques financeiros e não só os de natureza macroeconómica representam um grande risco para o 'outlook'".

A vice-presidente da Fed de Dallas deu como exemplo a mais recente turbulência no setor bancário norte-americano e europeu, a qual "aumentou a incerteza das perspetivas". Assim, "é importante pensar em formas de limitar a volatilidade financeira", rematou Chiara Scotti.
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