Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Economistas acreditam que BCE vai manter compra de ativos por mais dois anos

Dos 32 economistas ouvidos pelo Financial Times, três quartos consideram que o BCE só irá parar de estimular a economia europeia no final de 2023. Até lá, consideram que o BCE vai manter uma política monetária expansionista, em contraciclo com outros bancos centrais, como a Fed e o Banco de Inglaterra.

A taxa Ester, do Banco Central Europeu, vai passar a publicar dados para os mesmos prazos da Euribor, posicionando-se como uma alternativa.
Kai Pfaffenbach/Reuters
03 de Janeiro de 2022 às 19:45
  • 2
  • ...
A maioria dos economistas acredita que o Banco Central Europeu (BCE) irá manter estímulos monetários por, pelo menos, mais dois anos. A conclusão é de um inquérito feito pelo jornal britânico Financial Times, depois de vários bancos centrais terem anunciado que irão reduzir a compra de ativos ainda este ano. 

Depois de o BCE ter anunciado que vai reforçar o ritmo de compras líquidas mensais do programa de criado por Mario Draghi para compensar o fim das compras pandémicas, permanece a dúvida sobre quando irá acabar completamente a compra de ativos. Dos 32 economistas ouvidos pelo Financial Times, três quartos consideram que o BCE só irá parar de estimular a economia europeia no final de 2023.

Até lá, a maioria dos economistas considera que o BCE vai manter uma política monetária expansionista. Só um quarto dos inquiridos tem uma opinião diferente, ao afirmar que a autoridade monetária liderada por Christine Lagarde deverá acabar com o programa de estímulos de Mario Draghi entre este ano e o próximo.

Na última reunião do BCE, em dezembro, Christine Lagarde anunciou o fim do envelope criado somente para a pandemia (o PEPP), em março, enquanto a compra de dívida do antigo programa regular (o APP) foi aumentada para 40 mil milhões de euros, o dobro do atual ritmo, para compensar o encerramento do PEPP.

Este aumento irá começar no segundo trimestre do ano e diminuir para 30 mil milhões no terceiro trimestre. Depois de outubro, prevê-se que o ritmo de compra de ativos volte ao montante atual de 20 mil milhões por mês, não estando claro até quando é que esse programa de estímulos continuará.

Para dar resposta à subida da inflação, vários bancos centrais já anunciaram uma redução dos estímulos monetários, como foi o caso da Reserva Federal norte-americana e do Banco de Inglaterra. No caso dos Estados Unidos, o ritmo de retirada de estímulos foi acelerado e deverá estar concluído em março. Já em Inglaterra, foi anunciado que as compras líquidas vão parar até ao final do ano.

A inflação na Zona Euro disparou para 4,9% em novembro, um recorde histórico desde que a moeda única foi lançado. O BCE acredita, no entanto, que a inflação é temporária e que deverá cair para menos de 2% em 2023.
Ver comentários
Saber mais BCE Banco Central Europeu Mario Draghi PEPP Christine Lagarde
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio