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Banco central alemão dá "luz verde" a que o BCE avance com estímulos em Junho

Bundesbank está disposto a aceitar que o BCE passe a cobrar aos bancos pelos depósitos junto do banco central e que avance com um programa de compra de activos, segundo o “The Wall Street Journal”.

13 de Maio de 2014 às 12:34
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O banco central nacional mais poderoso do eurossistema, liderado por Jens Weidmann (na foto, à direita de Mario Draghi), admite dar a sua aprovação a que o Banco Central Europeu desça para “terreno” negativo a taxa dos depósitos, actualmente em zero, ou seja, passar a cobrar aos bancos quando estes “estacionam” liquidez no banco central.

 

Existe também abertura no Bundesbank para que o banco central avance para um programa de expansão monetária e compra de créditos titularizados aos bancos. O objectivo imediato é pressionar as taxas de juro no mercado e estimular a concessão de crédito.

 

O objectivo último é o de estimular a inflação na Zona Euro. Estas medidas podem avançar caso as projecções trimestrais actualizadas do “staff” de economistas do BCE, a divulgar em Junho, indicarem que a inflação acelerará mais lentamente do que o previsto.

 

A próxima reunião do conselho de governadores do BCE acontece a 5 de Junho. Nessa manhã, serão divulgadas as projecções económicas do “staff”. Neste momento, o BCE antecipa que a inflação seja de 1%, em média, este ano, 1,3% no próximo ano e 1,5% em 2016. No final de 2016, a inflação rondará os 1,7%, dizem as projecções actuais.

 

Um “cocktail” de medidas anti-crise

O “The Wall Street Journal”, que cita fontes próximas do processo, diz que na reunião de Junho não só a taxa dos depósitos pode passar para “terreno” negativo mas também a taxa de juro de referência poderá cair face ao actual mínimo histórico de 0,25%. Economistas têm indicado que pode haver um corte de 10 ou 15 pontos-base, para 0,15% ou 0,10%, respectivamente.

 

Mas o Bundesbank dá também a sua “bênção” a que o BCE alargue a garantia de “full-allotment” de meados de 2015 para meados de 2016. Isto significa que os bancos vão, por mais tempo, ter garantido que recebem toda a liquidez junto do BCE contra a qual conseguem apresentar colateral. Novos empréstimos de longo prazo podem também ser equacionados, diz o jornal.

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