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Argentina volta a surpreender e eleva juros para 40%

Há uma semana a taxa de juro praticada pelo banco central da Argentina era de 27,25%. Uma semana depois está nos 40%, após três subidas do preço do dinheiro que apanharam os investidores de surpresa.

Reuters
Sara Antunes saraantunes@negocios.pt 04 de Maio de 2018 às 14:55

O banco central da Argentina, liderado por Federico Sturzenegger (na foto), anunciou esta sexta-feira, 4 de Maio, o terceiro aumento da taxa de juro de referência no espaço de uma semana, colocando o preço do dinheiro nos 40%, segundo o Financial Times.

 

A decisão apanhou os investidores de surpresa, já que não estavam a antecipar outra alteração. De realçar que a última semana foi marcada por mais duas subidas de juros que não estavam a ser antecipadas.

 

Na sexta-feira passada, 28 de Abril, a taxa de juro estava nos 27,25%, tendo subido para 30,25%. Já esta quarta-feira, 2 de Maio, o preço do dinheiro foi colocado em 33,25%. E, dois dias depois, está nos 40%.

 

O banco central da Argentina já tinha admitido voltar a subir o preço do dinheiro, para tentar descer a taxa de inflação para os 15% em 2018. O último dado da inflação conhecido refere-se a Fevereiro, com a taxa a 12 meses nos 25,4%.

 

Além de querer travar a subida dos preços no consumidor, o banco central também quer fortalecer a moeda nacional, numa altura em que o peso tem atingido mínimos históricos.

 

Paralelamente, o banco central já gastou 5.000 milhões de dólares em reservas de moedas estrangeiras.

A realidade argentina é muito diferente da vivida na Zona Euro ou nos EUA, por exemplo, onde a política monetária é determinada com grande antecipação e com grande preparação do mercado. As subidas ou descidas de juros são ligeiras. Nos EUA, por exemplo, a taxa de juro encontra-se no intervalo entre 1,5% e 1,75%, onde deverá manter-se até Junho. E, quando subir será de forma ligeira - regra geral são 25 pontos base. Na Zona Euro, a taxa de juro está nos zero. E tão cedo não se prevêem alterações. E quando houver também serão moderadas. Por regras, o Banco Central Europeu também adopta variações de 25 pontos base. 

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