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Acha que consegue fazer melhor do que Mario Draghi? Prove-o

Não, não está aberto nenhum concurso para a selecção do novo presidente da autoridade monetária da Zona Euro. É apenas um desafio, ou melhor, um jogo. Chama-se "€conomia". O objectivo? Manter a inflação "abaixo, mas perto de 2%".

Negócios 18 de Janeiro de 2015 às 00:01
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Wim Duisenberg, Jean-Claude Trichet e, actualmente, Mario Draghi. Estes são, até agora, os nomes que estiveram, e está, no caso do italiano, à frente da política monetária da Zona Euro.

Draghi assumiu o cargo há apenas três anos, mas teve neste período importantes testes à sua governação, fruto da crise soberana que a região viveu. Mas, agora, é a deflação, ou risco dela, que o põe no centro das atenções. Acha fácil fazer o que o presidente do BCE faz? Então, tem a oportunidade de o provar num pequeno jogo.

 

Esta promete ser uma semana agitada. Todas as atenções viradas para a primeira reunião do Banco Central Europeu (BCE), a 22 de Janeiro, encontro de onde sairá, dizem os analistas, o anúncio de Mario Draghi de que perante a queda acentuada da taxa de inflação – a taxa de inflação homóloga na Zona Euro caiu, em Dezembro, abaixo de zero (-0,2%) pela primeira vez em mais de cinco anos – a taxa de juro, só por si, não é suficiente. O BCE vai avançar com a compra de dívida soberana. Faltam os pormenores.

 

Vem aí uma medida não convencional, mas quem pensa que consegue fazer melhor do que Draghi, terá de o provar apenas com o poder da taxa de referência. É esse o desafio que o próprio BCE faz aos cidadãos dos países que partilham a moeda única no seu "site" através de um jogo chamado "€conomia". Não é novo, apareceu ainda antes de Draghi assumir o cargo, mas dado o contexto ganha maior relevo.

 

No computador, no iPhone ou no iPad (só está disponível para iOs), o desafio é o mesmo do banco central: manter a inflação "abaixo, mas perto de 2%". São 32 anos, no máximo, em que o jogador tem de atingir esse objectivo para conquistar as quatro estrelas do jogo. É o jogador que, trimestre a trimestre, vai tomando a decisão sobre qual a taxa de referência que pretende aplicar para chegar à meta (entre zero e 25%).

 

A decisão é do presidente, mas existem ajudas. Tem uma equipa sempre atenta que o vai alertando sobre o andamento da economia, da inflação e do emprego, ou mesmo da massa monetária. Opiniões fundamentadas nos vários indicadores que vão sendo conhecidos com o passar dos trimestres e que o obrigam a decidir o que fazer com a taxa de referência. De base, a taxa está bem acima dos actuais 0,05%.

 

Acompanhar a imprensa também pode ser relevante para cumprir a função, mas nem sempre se está preparado para eventos extraordinários, tais como a queda acentuada dos preços das casas até à descoberta de petróleo em grandes quantidades nos países pertencentes à Zona Euro. Obstáculos ficcionados que prometem algumas horas de diversão, a brincar aos banqueiros centrais. Uma dica: desligue o som.

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