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Refugiados alojados em Portugal vão duplicar até fim do ano

O anúncio foi feito por Eduardo Cabrita em véspera da apresentação do novo "kit" informativo mais completo e amigável para facilitar o primeiro contacto dos refugiados com a realidade portuguesa.

20 de Setembro de 2016 às 17:55
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Portugal vai duplicar até final do ano o número de refugiados, actualmente em 534, disse o ministro-adjunto do primeiro-ministro, Eduardo Cabrita, que tutela as migrações.

No âmbito de uma reunião em Lisboa organizada pela Agência Europeia para o Asilo (EASO) e pela Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR), Eduardo Cabrita explicou nesta terça-feira, 20 de Setembro, à Lusa que "nas próximas semanas" chegarão "números muito significativos" de refugiados, recolocados em Portugal a partir de Itália e da Grécia.

 

São refugiados que já passaram por todos os trâmites, de identificação, de pré-registo e de registo, por parte de todas as autoridades, e chegarão até final do ano, explicou o ministro.

 

No âmbito do programa de recolocação de refugiados, lembrou o responsável que Portugal assumiu o compromisso de acolher cinco mil pessoas, tendo o primeiro-ministro já anunciado a disponibilidade de duplicar esse número, pelo que há "uma disponibilidade política de princípio para acolher cerca de 10 mil" pessoas.


Desde Junho que está a ser distribuído um manual de acolhimento em árabe e inglês, mas o ministro deverá apresentar nesta sexta-feira, em Guimarães, o novo "kit" informativo mais completo e amigável para facilitar o primeiro contacto dos refugiados com a realidade portuguesa.

 

Portugal é um dos países europeus onde existe maior compaixão e apoio ao acolhimento de refugiados sírios, indica uma sondagem internacional divulgada pela organização não-governamental International Rescue Committee (IRC). Dos mil inquiridos nacionais, 206 (21%) mostraram-se muito favoráveis ao acolhimento de refugiados sírios em Portugal e 455 (46%) manifestaram-se bastante favoráveis, totalizando 66% de respostas claramente positivas. hO sentimento positivo pelos refugiados sírios é também elevado em Irlanda (68%), Espanha (67%) e Alemanha (65%). Pelo contrário, na Eslováquia (73%), Roménia (63%), França (55%) e República Checa (53%), a maioria das respostas negativa, mostrando pouca ou nenhuma simpatia pelos refugiados sírios.

"Estes resultados mostram que os Europeus ainda têm coração", congratulou-se o presidente da organização não-governamental, David Miliband, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros britânico.

Segundo o IRC, a Europa actualmente só tem 8% dos refugiados a nível global, enquanto outros países de baixo ou rendimento médio albergam 86% dos refugiados mundiais.

 

O tema dos refugiados e migrantes domina a cimeira na Assembleia das Nações Unidas, que decorre em Nova Iorque. 

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