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Obama forçou demissão do secretário de Estado da Defesa

O presidente norte-americano pretende uma abordagem diferente ao desafio que representa a capacidade do Estado Islâmico. E para o fazer forçou a saída de Chuck Hagel que já se demitiu. Obama terá assim o seu quarto titular da pasta da Defesa ao longo de cerca de seis anos enquanto presidente.

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24 de Novembro de 2014 às 18:12
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O até aqui secretário de Estado da Defesa norte-americano, Chuck Hagel, solicitou esta segunda-feira a sua demissão do cargo, alegadamente na sequência da pressão exercida pelo presidente Barack Obama, escreve a imprensa norte-americana. O presidente dos Estados Unidos já confirmou este pedido e aceitou a demissão de Hagel.

 

Obama quererá ver uma abordagem diferente, por parte do Pentágono, em relação à luta contra o Estado Islâmico, numa altura em que os ataques aéreos conduzidos pela coligação internacional, liderada por Washington e na qual participa, por exemplo, a Arábia Saudita, não têm mostrado capacidade para fazer recuar as posições dos extremistas sunitas.

 

No entanto, a imprensa norte-americana sinaliza o facto de esta ser a primeira saída da administração Obama desde a derrota dos democratas nas legislativas do início do mês. Eleições que reforçaram a posição dos republicanos nas duas câmaras do parlamento norte-americano, que agora controlam.

 

O substituto de Hagel, único membro republicano da actual equipa governativa e antigo senador deste partido, será o quarto secretário de Estado da Defesa do consulado de Barack Obama. O New York Times, que avançou a notícia, escreve que Obama tomou a decisão na passada sexta-feira na sequência de um conjunto de reuniões com elementos do Pentágono.

 

O presidente dos Estados Unidos, que ainda esta tarde dará uma conferência de imprensa sobre o tema, estará descontente com a incapacidade de Washington para lidar com as mais recentes crises geopolíticas internacionais, nomeadamente com o desafio que representa o Estado Islâmico (EI).

 

Fontes do Pentágono terão dito ao New York Times que esta decisão de Obama é reveladora da necessidade de encontrar, no próximo titular da pasta, diferentes capacidades para lidar com os desafios colocados pelos extremistas islâmicos sunitas.

 

No seio do Pentágono foram surgindo notícias, ao longo dos últimos meses, que mostravam as profundas divisões internas relativas à forma adequada de enfrentar a ameaça "jihadista". Houve quem, como o general Martin Dempsey, defendesse desde a primeira hora a necessidade de "botas no terreno" como única forma para derrotar o Estado Islâmico.

 

Hagel, por sua vez, notava que o EI é "mais do que um grupo terrorista" que "está para além de qualquer coisa que já tenhamos visto". Já Obama começou por, inicialmente, atribuir um carácter essencialmente amador a estas forças extremistas.

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