Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Merkel visita Ucrânia e Moscovo ameaça com novas sanções

A chanceler alemã aceitou finalmente o convite do Presidente ucraniano e vai visitar a Ucrânia no âmbito das comemorações do dia da independência. Já Moscovo avisou que está a preparar "medidas adicionais" para o caso de ser alvo de novas sanções "destrutivas". Sector industrial poderia ser afectado.

Bloomberg
19 de Agosto de 2014 às 12:15
  • ...

No dia seguinte às conversações quadripartidas que decorreram em Berlim, esta terça-feira assinala o regresso à já habitual contenda de acções e palavras na crise que opõe a Rússia à Ucrânia, Europa e Estados Unidos. Pela parte do Ocidente, a última cartada será a visita, este sábado, 23 de Agosto, da chanceler alemã, Angela Merkel, à Ucrânia. Do lado de Moscovo surgem novas ameaças de mais sanções contra o ocidente.

 

A ida de Merkel à Ucrânia, confirmada ainda na segunda-feira, reveste-se de duplo significado. Ao aceitar o convite de Petro Poroshenko, Presidente da Ucrânia, para visitar o país no âmbito das comemorações do dia da independência, que celebra, no domingo 24 de Agosto, o 23º aniversário após a declaração de independência que se seguiu ao fim da União Soviética, envia um novo sinal de apoio a Kiev e à sua soberania e integridade territorial.

 

Por outro lado, o objectivo essencial da visita passará pela discussão da proposta de cessar-fogo, entre os rebeldes separatistas e o exército ucraniano, um tema já discutido esta segunda-feira em Berlim.

 

A Alemanha é o principal parceiro económico europeu da Rússia e, apesar de ainda não ser conhecido, na plenitude, o impacto da guerra económica, Berlim será seguramente das capitais mais prejudicadas. Merkel quer, portanto, reforçar o apoio alemão à adopção de um cessar-fogo que possibilite alguma estabilização das relações entre a União Europeia e a Rússia.

 

 Mas no caso de os nossos parceiros continuarem a adoptar práticas não construtivas ou destrutivas, nós já estamos a preparar novas medidas
 
Dmitry Peskov 

"Estamos a trabalhar em várias opções. Dissemos, repetidamente, que a Rússia não defende a política de sanções nem a iniciou. Mas no caso de os nossos parceiros continuarem a adoptar práticas não construtivas ou destrutivas, nós já estamos a preparar novas medidas", assegurou Peskov citado pelo La Stampa.

 

Este jornal italiano nota ainda que o diário russo de economia, Vedomosti, escreve esta terça-feira que as eventuais novas contra-sanções russas poderão incidir, não apenas no sector agrícola, mas também nas importações do sector industrial europeu como, por exemplo, na restrição às importações da indústria automóvel.

 

O próprio primeiro-ministro, Dmitry Medvedev, já aludiu em mais do que uma ocasião à hipotética adopção de sanções mais abrangentes. Aquando do embargo ao sector primário europeu e norte-americano, Medvedev deixou no ar a possibilidade de a Rússia fechar o espaço aéreo siberiano às rotas daqueles países, uma medida de consequências gravosas para as companhias aéreas dos mesmos. 

Ver comentários
Saber mais Rússia Berlim Ucrânia União Europeia Estados Unidos Angela Merkel Petro Poroshenko Dmitry Medvedev Dmitry Peskov
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio