A Comissão Europeia anunciou, esta segunda-feira, que irá canalizar um montante de 125 milhões de euros para o apoio à distribuição gratuita de frutos e vegetais perecíveis, evitando a deterioração de parte deste tipo de produção agrícola que, em condições normais, seria exportada para a Rússia.

O embargo, com a duração de um ano, decretado pela Rússia às importações de produtos do sector primário da União Europeia (UE) e as próprias características de alguns produtos faz com que, justifica a Comissão citada pelo El Mundo, não exista "um mercado alternativo disponível no imediato".

A medida decidida por Bruxelas, que produz efeitos a partir desta segunda-feira, terá também efeitos retroactivos, o que permitirá que todos os agricultores afectados possam recorrer ao montante disponibilizado pela instituição ainda presidida pelo português Durão Barroso.

Até finais de Novembro manter-se-á este apoio que incluirá, para além da retirada do mercado e posterior distribuição gratuita dos produtos, a atribuição de compensações pela não colheita ou pela colheita antes dos produtos estarem maduros.

O Comissário europeu para a Agricultura, Dacian Ciolos, explicou num comunicado a necessidade desta solução: "Tendo em conta a situação do mercado, depois das restrições russas às importações agrícolas da UE, adoptam-se, com efeito imediato, medidas de emergência no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC)".

Dacian Ciolos acrescentou ainda que a solução encontrada servirá também para "reduzir a existência de uma série de frutas e vegetais perecíveis no mercado europeu quando a pressão dos preços for demasiado alta ao longo dos próximos meses".

O El País escreve que os produtos que irão beneficiar do apoio comunitário são o tomate, a cenoura, a couve, os pimentos, a couve-flor, o pepino, os cogumelos, a maçã, a pêra, os frutos vermelhos, as uvas e o kiwi.