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Luís Amado: "Rússia e a China estão numa posição de vantagem competitiva"
O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros é o convidado do podcast "Conversas Visíveis", um formato conduzido pelos colunistas da Mão Visível que estará disponível a partir desta quinta-feira, dia 25. Luís Amado traça um olhar sobre a nova ordem mundial.
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Para o antigo governante, "a hegemonia americana e a hegemonia ocidental no sistema estão a ser postas em causa".
"Não temos [no Ocidente] condições para impor nada. Duvido até que depois do que se passou no Afeganistão possamos propor alguma coisa e, sem dúvida, a Rússia e a China estão neste momento numa posição de vantagem competitiva que explorarão até às últimas consequências", afirmou Luís Amado.
O também ex-presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP frisa também nesta conversa com os colunistas da Mão Visível Jorge Marrão e Joaquim Aguiar que "os mapas que nós temos por referência não servirão para o futuro" e que nos confrontamos com uma nova ordem social.
"Se me pergunta qual é a nova ordem? ninguém pode responder, entrámos num período de grande indefinição", argumenta o antigo ministro. Uma conversa e uma visão sobre o momento que o mundo atravessa a não perder.
O que são as Conversas Visíveis?
As Conversas Visíveis são um novo projeto que é complementar da Mão Visível, o espaço de opinião que junta Álvaro Nascimento, António Nogueira Leite, Joaquim Aguiar, Jorge Marrão e Paulo Carmona. A cada quinze dias, dois destes colunistas vão conduzir um entrevistado pelos "mistérios da estrada da democracia em Portugal".
As Conversas Visíveis procuram identificar o que está na sombra da política, o que se esconde nos discursos e nas decisões, mas que acabará sempre por se revelar na realidade efetiva das coisas. O compromisso assumido pela equipa da Mão Visível é o de que irá falar sobre as sombras e os mistérios da democracia portuguesa, onde se escondem os fatores que geram endividamento sem estimularem crescimento, onde se agravam as desigualdades sociais e onde persiste o crescimento da despesa pública e da expansão de funções do Estado.