Notícia
Líderes da União Europeia vão ponderar aplicar sanções à Turquia
Vários países europeus já condenaram a ofensiva turca no norte da Siria. Na próxima semana deverão debater a possibilidade de aplicar sanções ao país liderado por Erdogan.
Os chefes de Estado da União Europeia vão discutir na cimeira da próxima semana, que é dedicada ao Brexit, se vão aplicar sanções contra a Turquia em protesto com a ofensiva do presidente Recep Tayyip Erdogan no norte da Síria, segundo a Bloomberg.
A operação turca tem recebido críticas nos EUA, na UE e em alguns Estados árabes. Em reação, Erdogan já ameaçou "abrir as portas" da Europa a 3,6 milhões de refugiados que estão atualmente abrigados na Turquia.
A Turquia diz que as suas tropas, que avançaram na quarta-feira, mataram "dezenas de terroristas". "A nossa missão é prevenir a criação de um corredor de terror em toda a nossa fronteira sul e trazer paz para esta área", escreveu Erdogan no Twitter.
A União Europeia tem vindo a pedir à Turquia para não intervir na Síria, argumentando que há riscos de ainda maior instabilidade na região. "A operação turca no norte da Síria pode abrir um novo e dramático capítulo na já muito negra história da guerra da Síria", afirmou a alta representante externa da UE, Federica Mogherini, perante os eurodeputados esta semana.
Esta sexta-feira, 11 de outubro, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, escreveu no Twitter que a "Turquia tem de compreender que a nossa maior preocupação é que as suas ações possam levar a outra catástrofe humanitária". "E nós nunca iremos aceitar que os refugiados sejam transformados em armas e usados para nos chantagear. As ameaças do Presidente Erdogan de ontem foram totalmente descabidas", disse Tusk.
As negociações para a entrada da Turquia na União Europeia continuam congeladas, principalmente desde que Erdogan eliminou os opositores internos. Além disso, Bruxelas tem criticado a exploração energética que a Turquia faz em águas disputadas à volta do Chipre. Essa situação já tinha levado a UE a reduzir a ajuda financeira que dá à Turquia.
No entanto, a UE tem neste momento em vigor um acordo de 2016 com a Turquia para estancar a chegada de refugiados do Médio Oriente à UE, principalmente a países como a Grécia. O acordo prevê o pagamento de seis mil milhões de euros para ajudar a Turquia a lidar com os refugiados e pode deixar Bruxelas de mãos atadas para antagonizar os turcos.
Ainda antes dos líderes europeus discutirem o assunto, os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia vão discutir o assunto no dia 14 de outubro, no Luxemburgo.
Em cima da mesa está também a possibilidade de suspender a participação da Turquia na NATO.
(Notícia atualizada às 10h16 com o comentário de Donald Tusk)
A operação turca tem recebido críticas nos EUA, na UE e em alguns Estados árabes. Em reação, Erdogan já ameaçou "abrir as portas" da Europa a 3,6 milhões de refugiados que estão atualmente abrigados na Turquia.
A União Europeia tem vindo a pedir à Turquia para não intervir na Síria, argumentando que há riscos de ainda maior instabilidade na região. "A operação turca no norte da Síria pode abrir um novo e dramático capítulo na já muito negra história da guerra da Síria", afirmou a alta representante externa da UE, Federica Mogherini, perante os eurodeputados esta semana.
Esta sexta-feira, 11 de outubro, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, escreveu no Twitter que a "Turquia tem de compreender que a nossa maior preocupação é que as suas ações possam levar a outra catástrofe humanitária". "E nós nunca iremos aceitar que os refugiados sejam transformados em armas e usados para nos chantagear. As ameaças do Presidente Erdogan de ontem foram totalmente descabidas", disse Tusk.
As negociações para a entrada da Turquia na União Europeia continuam congeladas, principalmente desde que Erdogan eliminou os opositores internos. Além disso, Bruxelas tem criticado a exploração energética que a Turquia faz em águas disputadas à volta do Chipre. Essa situação já tinha levado a UE a reduzir a ajuda financeira que dá à Turquia.
No entanto, a UE tem neste momento em vigor um acordo de 2016 com a Turquia para estancar a chegada de refugiados do Médio Oriente à UE, principalmente a países como a Grécia. O acordo prevê o pagamento de seis mil milhões de euros para ajudar a Turquia a lidar com os refugiados e pode deixar Bruxelas de mãos atadas para antagonizar os turcos.
Ainda antes dos líderes europeus discutirem o assunto, os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia vão discutir o assunto no dia 14 de outubro, no Luxemburgo.
Em cima da mesa está também a possibilidade de suspender a participação da Turquia na NATO.
(Notícia atualizada às 10h16 com o comentário de Donald Tusk)