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Irão e potências mundiais deverão reunir-se em Fevereiro

O Irão e as potencias mundiais deverão voltar à mesa das negociações já no próximo mês de Fevereiro. O objectivo do encontro é debater as ambições nucleares de Teerão. O acordo alcançado em Novembro, e que tem um carácter temporário, entra em vigor na próxima segunda-feira, dia 20 de Janeiro.

13 de Janeiro de 2014 às 15:40
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Os EUA, Rússia, China, Grã-Bretanha, França e Alemanha (o chamado P5+1,ou seja, os cinco países com assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha) e o Irão deverão voltar a reunir-se já no próximo mês de Fevereiro. A data está a ser avançada pela agência Reuters, que cita fontes diplomáticas. “Não vai acontecer em Janeiro, devido ao Ano Novo Chinês, mas é muito, muito, muito provável em Fevereiro”, afirmou esta fonte diplomática, na condição de anonimato.

 

O objectivo destes novos encontros é alcançar um acordo mais amplo sobre o programa nuclear da República Islâmica do Irão. Um acordo mais alargado poderia permitir um aliviar do clima de suspeitas no Médio Oriente. Nesta área do globo, as suspeições são frequentes em relação ao programa nuclear do Irão, o que levou a que tenham sido levantadas sanções contra o país, ao longo dos últimos anos.

 

Estas conversações – que deverão começar em Fevereiro – deverão ser lideradas pela chefe da diplomacia externa europeia, Catherine Ashton, e a expectativa é que seja encontrado um acordo que permita que as potenciais ocidentais respirem de alivio em relação ao programa iraniano. Em troca, o Irão quer que sejam levantadas as sanções económicas impostas pela Europa e pelos Estados Unidos.

 

Em Novembro, o Irão e as potencias mundiais alcançaram um acordo provisório, por um período de seis meses, que visa a eliminação de uma parte das reservas de urânio enriquecido (uma componente fundamental para criar energia e armas nucleares).

 

Este pacto assinado no final de 2013, entra em vigor na próxima segunda-feira, dia 20 de Janeiro. A partir desse dia, de acordo com a BBC, o Irão, além de começar a eliminar uma parte das suas reservas de urânio enriquecido, vai permitir acesso diário a um dos locais onde enriquece urânio, perto da cidade de Qom, e permitir inspecções mensais ao reactor de Arak.

 

“A partir desse dia, pela primeira vez em quase uma década, o programa nuclear iraniano não vai ser capaz de avançar e partes desse programa vão ser revertidas enquanto começamos as negociações para um acordo amplo que aborde as preocupações da comunidade internacional sobre o programa iraniano”, afirmou John Kerry, secretário de Estado dos EUA, citado pela CNN.

 

Num texto de antecipação de 2014, publicado pelo Project Syndicate, o presidente do Irão, Hassan Rouhani, (na foto) afirmava que “na sequência do acordo provisório alcançado em Novembro, estamos preparados para continuar a trabalhar como os P5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas mais a Alemanha), e com outros países, com vista a assegurar a total transparência do nosso programa nuclear”.

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