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Investimento direto da China nos EUA recua para nível mais baixo em dez anos

O investimento direto da China nos Estados Unidos caiu, em 2019, para o nível mais baixo dos últimos dez anos, ilustrando a crescente distanciação entre as duas maiores economias do mundo.

Xi Jinping e Donald Trump têm travado várias batalhas. O novo coronavírus voltou a opor os dois países.
Carlos Barria/Reuters
11 de Maio de 2020 às 08:37
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O declínio do investimento chinês nos Estados Unidos reflete ainda o maior escrutínio exercido pelas autoridades chinesas ao investimento externo, depois de as empresas do país terem realizado grandes aquisições ao longo da primeira metade da década.

O relatório, divulgado hoje pelo Comité de Relações Estados Unidos -- China, em Washington, e pela consultora Rhodium Group, apurou que o investimento direto da China nos EUA caiu para cinco mil milhões de dólares (4,6 mil milhões de euros), no ano passado - o nível mais baixo desde o pico da crise financeira global de 2009.

O investimento direto inclui fusões, aquisições e investimento em escritórios e fábricas, mas não investimento financeiro como compras de ações e títulos.

Entre janeiro e março, quando a pandemia do novo coronavírus começou a atingir a economia mundial, e sobretudo a China, o investimento direto chinês nos EUA praticamente desapareceu, fixando-se nos 200 milhões de dólares (184 milhões de euros), segundo o relatório.

O investimento norte-americano na China aumentou, no ano passado, para 14 mil milhões de dólares (12,9 mil milhões de euros), mais mil milhões de dólares (920 mil euros) do que em 2018, mas refletiu sobretudo projetos anunciados anteriormente, incluindo a fábrica da construtora automóvel Tesla em Xangai.

O investimento bilateral entre os Estados Unidos e a China caiu para o nível mais baixo em sete anos, segundo o relatório.

Os reguladores dos EUA tornaram-se mais exigentes no escrutínio ao investimento chinês, visando travar a aquisição de empresas chave do ramo da tecnologia.

Os dois países enfrentam uma prolongada guerra comercial, iniciada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, que acusa a China de práticas predatórias, incluindo forçar empresas estrangeiras a transferir tecnologia, em troca de acesso ao mercado, ou ciberataques, como parte dos esforços para superar o domínio tecnológico norte-americano.
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