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Guterres diz que se candidata à ONU "com humildade", num "momento difícil"

O candidato a secretário-geral das Nações Unidas António Guterres disse esta terça-feira, no final de uma audição perante a Assembleia Geral da ONU, que concorre ao lugar com "humildade e grande determinação", num "momento particularmente difícil" para a organização. 

13 de Abril de 2016 às 00:21
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"[Deixo] uma mensagem simultaneamente de humildade e de disponibilidade, mas de grande determinação. As Nações Unidas enfrentam um momento particularmente difícil, em relação à paz, à segurança, às alterações climáticas e imensos problemas em relação aos Direitos Humanos", disse António Guterres esta terça-feira a jornalistas portugueses.

 

O candidato português a secretário-geral das Nações Unidas afirmou que "é importante fazer um grande esforço para que o multilateralismo possa prevalecer e para que seja possível encontrar soluções globais para os problemas globais."

 

Sobre a questão da pressão de dezenas de países para que o sucessor de Ban Ki-Moon seja uma mulher, o ex-primeiro-ministro e alto-comissário para os Refugiados disse que não fará "qualquer comentário negativo em relação as questões da igualdade de género."

 

"Sempre defendi a igualdade de género. Tínhamos paridade na direcção do ACNUR. No início dos anos 90, introduzi as quotas de género no Partido Socialista. Por isso, não será de mim, seguramente, que virão comentários contrários à igualdade de género", afirmou.

 

Para António Guterres, o próximo secretário-geral da ONU deve "ter a capacidade de criar consensos, de mobilizar vontades e capacidade de reformar uma organização que tem muitos aspectos em que pode melhorar a sua actividade".

 

Sobre a actividade da ONU, o antigo primeiro-ministro defendeu que deve ser feito um esforço para combater a sua burocratização. "É verdade que nas Nações Unidas há demasiadas reuniões, com demasiada gente, sobre demasiados assuntos e com um volume de decisões relativamente reduzido e por isso temos de procurar ser mais eficazes e mais focados nos resultados que queremos obter", explicou.

 

Na audição perante a Assembleia-geral da ONU, durante mais de duas horas António Guterres respondeu a mais de 50 perguntas dos representantes dos estados membros, sobre temas que foram desde a gestão da organização, às missões de paz, alterações climáticas e Direitos Humanos. 

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