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Ban Ki-moon quer uma mulher à frente da ONU
O ainda secretário-geral da ONU diz que chegou a hora de a organização passar a ser liderada por uma mulher. Guterres é um dos candidatos ao cargo.
Ban Ki-moon, o ainda secretário-geral da ONU, diz que, ao fim de 70 anos e oito lideranças masculinas, "é mais do que tempo" de a organização passar a ser liderada por uma mulher.
"Temos muitas mulheres de grande valor na liderança de governos, de organizações, de empresas à escala internacional e nos mais variados sectores da vida em sociedade. Não há qualquer razão para que isso seja diferente nas Nações Unidas", argumentou.
Sem citar nomes, Ban Ki-moon disse que há "mulheres motivadas que podem realmente mudar o mundo, que podem envolver-se activamente com os outros líderes do mundo". "Então essa é a minha humilde sugestão, mas a decisão é dos Estados-membros", acrescentou o sul-coreano citado pelo Guardian.
Actualmente há 11 candidatos a disputar a sucessão de Ban Ki-moon: seis homens, entre os quais António Guterres, e cinco mulheres.
O antigo primeiro-ministro português saiu vitorioso nas duas votações informais organizadas pelo Conselho de Segurança. Na primeira, Irina Bokova, que dirige a Unesco, ficou em terceiro lugar, mas na segunda votação a búlgara caiu para o quinto posto, tendo sido superada por Susana Malcorra, antiga ministra argentina dos Negócios Estrangeiros e ex-chefe de gabinete de Ban Ki-moon.
As outras três candidatas do sexo feminino são a ex-primeira-ministra da Nova Zelândia Helen Clark, que dirige o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas; Christiana Figueres da Costa Rica, funcionária da ONU que desempenhou um papel fundamental no acordo alcançado em Dezembro último para combater as alterações climáticas; e a ex-chanceler da Moldávia Natalia Gherman.
O Conselho de Segurança agendou para 29 de Agosto uma nova votação informal e outras duas poderão ser realizadas ao longo de Setembro.