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Votação alcançada por Guterres "é muito auspiciosa", diz Passos Coelho
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou esta quinta-feira em Mira que o resultado de uma primeira votação no Conselho de Segurança para secretário-geral da ONU, que colocou António Guterres na frente da corrida, "é muito auspiciosa".
"Foi uma primeira votação pelo Conselho de Segurança e a votação que foi alcançada pelo engenheiro António Guterres é muito auspiciosa", disse aos jornalistas Pedro Passos Coelho, que visitava as Festas de S. Tomé, em Mira, distrito de Coimbra.
O líder social-democrata referiu que já felicitou António Guterres pelo "começo com o pé direito".
O resultado alcançado "foi realmente muito significativo", tendo o candidato a secretário-geral da ONU conseguido aparecer "destacado face àqueles que eram tidos como os principais concorrentes e isso só pode ser um bom auspício". No entanto, Passos Coelho sublinhou que ainda é cedo para se "cantar vitória".
Segundo fontes diplomáticas citadas pela agência France Presse, durante a votação, cada um dos 15 membros do Conselho indicou se "encoraja", "desencoraja" ou "não tem opinião" sobre os candidatos.
António Guterres recebeu 12 votos de encorajamento, seguido do esloveno Danilo Turk, que recebeu 11. Uma nova votação deve acontecer nas próximas semanas, mas a data ainda não foi anunciada.
Neste momento, existem 12 candidatos ao cargo, metade dos quais mulheres. Espera-se que alguns desistam devido ao resultado da votação. Um dos candidatos obteve 11 votos de desencorajamento.
Além de Guterres, que liderou a agência da ONU para os refugiados, inclui-se na lista a ministra dos Negócios Estrangeiros da Argentina, Susana Malcorra, a antiga chefe do governo neozelandês e dirigente do Programa da ONU para o Desenvolvimento, Helen Clark, e a ex-ministra dos Negócios Estrangeiros búlgara e directora da UNESCO, Irina Bokova.
No debate da semana passada, o candidato defendeu que o próximo secretário-geral da ONU tem de ser "sólido", um "símbolo de unidade" e que "precisa saber combater, e derrotar, o populismo político, o racismo e a xenofobia".
A organização espera ter encontrado o sucessor de Ban Ki-moon, que termina o seu segundo mandato no final do ano, durante o outono.