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Entram hoje em vigor as tarifas aduaneiras dos EUA e da China

Arrancam hoje as novas tarifas aplicadas a produtos chineses e americanos, no valor de 34 mil milhões de dólares de cada um dos lados. Se na frente EUA-UE, as tensões parecem ter diminuído, o mesmo já não acontece no braço-de-ferro entre Washington e Pequim.

06 de Julho de 2018 às 06:00
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No passado dia 15 de Junho, a Casa Branca anunciou que iria avançar com as prometidas tarifas aduaneiras sobre a entrada de produtos chineses nos EUA, num valor que ascenderá a 50 mil milhões de dólares.

 

Nessa altura, a Administração Trump referiu que, depois do "feedback" positivo obtido junto da população no documento que colocou sob escrutínio, avançaria a partir de 6 de Julho com as tarifas sobre o equivalente a 34 mil milhões de dólares (818 produtos chineses).

 

As tarifas sobre os 284 produtos que perfazem o restante valor de 16 mil milhões de dólares [para atingir os 50 mil milhões] só entrarão em vigor quando houver mais comentários da opinião pública sobre este tema, esclareceram.

 

Mas as coisas não se ficaram por aqui. Pequim reagiu no próprio dia e disse que também iria impor tarifas adicionais de 25% sobre 659 produtos norte-americanos avaliados em 50 mil milhões de dólares.

 

A China explicou que as tarifas sobre o equivalente a 34 mil milhões de dólares de produtos americanos (545 itens] entrariam em vigor a 6 de Julho, adiantando que as tarifas sobre os restantes produtos, até que o valor atinja os 50 mil milhões de dólares, seriam anunciadas mais tarde.

 

O presidente norte-americano declarou no próprio dia que decretaria medidas adicionais se Pequim retaliasse. E assim foi. A 19 de Junho, Donald Trump ameaçou impor uma tarifa de 10% sobre o equivalente a mais 200 mil milhões de dólares em importações de produtos chineses. A China advertiu que iria reagir em conformidade (qualitativa e quantitativamente), aguardando-se agora novos "episódios" neste braço-de-ferro.

 

Até ao dia de hoje, o mundo continuava em suspenso, à espera que surgissem negociações de última hora entre as autoridades americanas e chinesas, mas tal não aconteceu.

 

As tensões comerciais Washington-Pequim começaram a subir de tom quando Trump anunciou tarifas aduaneiras da Casa Branca sobre o aço e alumínio chinês – além de impor também essas medidas proteccionistas a outros grandes parceiros comerciais, como a União Europeia e os seus parceiros do NAFTA (México e Canadá).

 

No que toca ao México e Canadá, bem como à UE, muita água tem corrido. Trump dispara para todos os lados, mas ontem a chanceler alemã aliviou muitos receios ao dizer-se favorável à ideia de baixar as tarifas aduaneiras impostas pela União Europeia à importação de automóveis produzidos nos Estados Unidos – algo que necessita, contudo, da aprovação dos restantes Estados-membros do bloco europeu.

 

Ainda no terreno do jogo EUA-China, Washington tem dito que quer travar a compra de empresas norte-americanas por parte de empresas com pelo menos 25% de capital chinês, o que veio aumentar a crispação entre os dois países.

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