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Depois do aço e alumínio Trump estuda tarifas sobre o urânio
O Departamento do Comércio anunciou a abertura de uma investigação para determinar se as importações de urânio ameaçam a segurança nacional dos Estados Unidos.
Depois do aço e do alumínio, o urânio poderá tornar-se o próximo alvo das tarifas aduaneiras da administração Trump.
O Departamento do Comércio dos Estados Unidos anunciou esta quarta-feira, 18 de Julho, a abertura de uma nova investigação no âmbito da "Secção 232", com o objectivo de determinar se as importações de urânio ameaçam a segurança nacional dos Estados Unidos, o mesmo argumento que foi utilizado para justificar as tarifas impostas sobre as importações de aço e alumínio.
Segundo avança a Reuters, Wilbur Ross, secretário do Comércio, anunciou que a decisão de abrir a investigação acontece na sequência de uma petição por parte de duas empresas norte-americanas de mineração de urânio, a Ur-Energy e a Energy Fuels.
Wilbur Ross argumentou que a produção norte-americana de urânio para fins militares e energéticos desceu de 49% da procura dos Estados Unidos, em 1987, para 5%, actualmente.
Se a investigação concluir que as importações de urânio ameaçam a segurança nacional dos Estados Unidos, a administração Trump poderá decidir impor tarifas ou quotas, à semelhança do que aconteceu com o aço e com alumínio.
Entre os grandes produtores mundiais de urânio contam-se o Cazaquistão, a Austrália, o Canadá, a China e a Rússia.
A nova investigação é a quarta lançada pela administração Trump no âmbito da Secção 232. As investigações sobre as importações de aço e alumínio levaram à implementação de tarifas e quotas sobre estes metais, provocando retaliações dos principais parceiros comerciais, incluindo Canadá, México e União Europeia.
O Departamento do Comércio também está a levar a cabo uma investigação sobre as importações de automóveis, que poderá conduzir a um aumento significativo das tarifas dos EUA para este sector.